Haddad diz que Brasil tem 'problema dramático de distribuição de renda' e pede aumento de isenção do IR

Foi encerrada de forma abrupta a audiência promovida pela Câmara dos Deputados para ouvir esclarecimentos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), sobre impostos e a situação das contas públicas do país. O encerramento foi anunciado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), presidente da Comissão de Tributação e Finanças, após troca de acusações entre Haddad e os deputados bolsonaristas Carlos Jordy (PL-RJ) e Nikolas Ferreira (PL-MG).

A audiência na Câmara começou por volta das 10h com uma exposição de Haddad. Por volta das 11h, Jordy e Nikolas usaram seu tempo de fala para desacreditar dados oficiais apresentados pelo ministro na sessão.

Quando Haddad retomou a palavra, percebeu que os dois bolsonaristas já não estavam mais na audiência para ouvir dele respostas sobre os questionamentos que eles mesmos levantaram.

O ministro, então, os acusou de “molecagem”. Disse que eles não querem um debate sério sobre economia e têm como objetivo, na verdade, criar frases de efeito para postagens e em redes sociais. “Bolsonaristas fogem do debate”, afirmou Haddad. “Fazem molecagem e vão embora.”

Cerca de meia hora depois, Jordy voltou à audiência com Haddad e pediu direito de reposta. Com a palavra, ele chamou o ministro de “moleque”.

Depois, foi a vez de Nikolas Ferreira voltar à comissão. Ele pediu a palavra por “questão de ordem” e iniciou um discurso.

Correia o interrompeu alegando que o deputado poderia, sim, apresentar sua questão urgente, mas não teria o direito de fazer uma nova fala completa, pois já teria utilizado todo o tempo combinado na sua primeira intervenção.

A ação de Correia gerou um debate entre deputados. Os ânimos se exaltaram e Correia preferiu dar a sessão como encerrada, se desculpando com o ministro pelo ocorrido.

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