Trump aplica métodos de regimes autoritários contra a imprensa, denuncia RSF – CartaCapital

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira 24 que entrou com um processo contra a cidade de Nova York, o prefeito Eric Adams e outros funcionários devido às suas leis de “cidade-santuário”, que limitam a cooperação com agentes federais de imigração.

Nova York é uma das chamadas “cidades-santuário”, que permitem à polícia se recusar a colaborar com agentes migratórios caso não apresentem um mandado judicial ou de prisão, e a compartilhar informações sobre imigrantes em situação irregular se há risco de deportação.

Essa política representa um obstáculo aos planos do presidente Donald Trump.

O republicano, de 79 anos, voltou ao poder em janeiro prometendo combater o que considera uma “invasão” de imigrantes. Ele quer expulsar um número recorde de pessoas e considera criminosos aqueles que entraram no país sem visto.

O Departamento de Justiça já havia processado outras cidades governadas por democratas e com políticas de santuário, como Chicago e Los Angeles, além dos estados de Colorado e Illinois.

Na ação contra a cidade de Nova York, que abriga uma ampla comunidade de imigrantes, o Departamento de Justiça argumenta que essas políticas dificultam a aplicação das leis migratórias.

“A cidade de Nova York liberou milhares de criminosos nas ruas, que cometeram crimes violentos contra cidadãos que respeitam a lei, por causa de suas políticas de cidade-santuário”, acusou a procuradora-geral Pam Bondi, citada em comunicado.

“Se a cidade de Nova York não garante a segurança de seus cidadãos, nós o faremos”, acrescentou.

O caso foi apresentado no tribunal federal do Distrito Leste de Nova York.

Autoridades estaduais, municipais e de condados com políticas de santuário alegam que a repressão migratória tem efeitos negativos, pois mina a confiança nas autoridades e faz com que imigrantes em situação irregular evitem denunciar crimes.

Eles também apontam riscos à saúde pública, já que o medo de represálias afasta os imigrantes dos serviços médicos.

Segundo dados oficiais, em 2022 havia 11 milhões de imigrantes em situação irregular ou com status temporário vivendo nos Estados Unidos.

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