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A Abra, controladora da Gol, anunciou nesta quinta-feira (25) que encerrou as discussões sobre a fusão com a Azul. A união das duas empresas poderia criar a maior companhia aérea do Brasil. As companhias também informaram ao mercado que o acordo firmado, em maio de 2024, para viabilizar a cooperação comercial via codeshare, conectando suas malhas aéreas, foi rescindido.

“Como parte do nosso comprometimento com os nossos clientes, a Gol honrará os bilhetes comercializados no âmbito da parceria”, afirmou Gol no fato relevante. Em janeiro deste ano, a Azul e a Gol assinaram um memorando de entendimento para iniciar as negociações. Segundo o documento, a fusão dependia do fim da recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos.

Nesta terça-feira (23), representantes das duas companhias negaram a fusão durante uma audiência pública Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados. De acordo com o gerente de Relações Institucionais da Azul, Camilo Coelho, essa possibilidade de junção foi estudada durante a pandemia. Com a recuperação do setor aéreo nos últimos três anos, no entanto, teria sido completamente descartada, infomou a Agência Câmara.

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“A fusão não é um fato, a gente não chegou a submeter formalmente nada ao Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica]. Fizemos um formulário de consulta, um pré-formulário, em outro ambiente, outro cenário, em um outro momento das empresas que já passou, já não está mais aí. O foco da Azul agora é terminar sua recuperação judicial”, disse Camilo Coelho na audiência.

Já o assessor da presidência da Gol, Alberto Fajerman, admitiu conversas para a fusão devido às dificuldades financeiras depois da pandemia, mas também assegurou que a ideia já foi completamente abandonada. A Gol entrou em recuperação judicial no ano passado, mas concluiu o processo em junho.

“No entanto, as partes não tiveram discussões significativas ou progrediram em uma possível operação de combinação de negócios por vários meses como resultado do foco da Azul em seu processo de Chapter 11 [processo de recuperação judicial nos EUA]”, afirmou o controlador da Gol em comunicado ao mercado nesta quinta-feira (25).

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