Gleisi Hoffmann acredita em acordo com o Congresso para ajuste fiscal do governo federal – Brasil de Fato

A ministra da Secretaria das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, foi homenageada em um jantar com mais de 2 mil pessoas em Curitiba (PR). O evento reuniu prefeitos, parlamentares, lideranças de movimentos sociais, entidades da sociedade civil e autoridades de todas as regiões do Paraná. Durante o jantar, a ministra falou da necessidade de o Governo Federal atingir as metas fiscais e aumentar a arrecadação. O Ministério da Fazenda propôs aumento de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), mas recuou após pressão do mercado financeiro e recusa do Congresso Nacional em aprovar a medida.

Segundo Gleisi, o governo Lula encara com tranquilidade o desafio de fechar as contas do estado e não enxerga que haja conflito ou indisposição com a Câmara dos Deputados. “O Congresso Nacional é composto por forças que majoritariamente não foram eleitas conjuntamente com o presidente Lula. Nosso esforço é fazer uma composição. Primeiro de respeito aos parlamentares. Segundo, tentar ganhar as forças eleitas por outros campos políticos. Até agora temos conquistado importantes vitórias”

Com relação ao prazo sugerido para encontrar uma alternativa à cobrança do IOF, a área econômica e política trabalham com tranquilidade para achar uma solução ao impasse. “O prazo de 10 dias é para que a gente possa construir uma agenda mais estruturante. Não necessariamente uma substituição ao IOF. A gente não tem substituição a curto prazo para fazer frente às receitas que a gente precisa para este ano. O que a gente quer construir junto com o Congresso são medidas que nos ajudem a cumprir os resultados fiscais que foram comprometidos pelo Ministério da Fazenda”, apontou Gleisi.

A ministra ainda destacou que o Governo Lula fez um grande ajuste fiscal nas contas públicas, saindo de um déficit de 2,3% em 2023 para 0,09% em 2024. “Esse é um esforço fiscal imenso. E precisa sempre de ajustes. Um país grande como o nosso, fazer ajustes é natural. Acho que chegaremos a um acordo”, completou Gleisi.

“O que nós temos que ter preocupação é com o equilíbrio e com a economia brasileira. Nós crescemos 3,2% em 2023, 3,4% em 2024 e devemos crescer mais de 3% neste ano. Além disso, estamos com a menor taxa de desemprego histórica e melhorando a renda dos brasileiros.

Ministra foi convocada pelo presidente Lula para melhorar a relação com o Congresso Nacional. Foto: Leonardo Roque | Foto: Leonardo Roque

Homenagem à ministra e eleições 2026

Organizado por centrais sindicais e por diversas instituições populares, o jantar celebrou a trajetória política de Gleisi e sua atuação no Governo Federal, especialmente na articulação entre os municípios paranaenses e a União.

“Eu fiquei emocionada com essa homenagem a tanta gente que faz parte da minha trajetória e construção política. Se hoje estou como ministra do presidente Lula e ocupando um cargo político para o Paraná e Brasil, é fruto da minha caminhada política”, disse a homenageada.

Gleisi admitiu que não ficará no governo Lula até o fim, tendo que deixar o ministério para concorrer ao cargo de deputada federal. A legislação eleitoral determina que a desincompatibilização deva ocorrer seis meses antes da eleição. Neste caso, no começo de abril de 2026.

No Paraná, além da ministra, o presidente da Itaipu Binacional, Ênio Verri, é cotado para disputar o governo do estado. Ele também comentou a possibilidade de ser candidato. “Isso é muito cedo para dizer. O importante é que o Paraná tem nomes que estão à disposição do presidente Lula como o meu nome, da Gleisi e ministra das Mulheres, Márcia Lopes. O mais importante é que o Paraná tem respeito do Governo Lula”, ponderou.

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