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A estabilidade do funcionalismo público brasileiro precisa ser acompanhada por regras claras de desempenho e eficiência, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em entrevista ao podcast Três Irmãos, neste sábado (29), Haddad se mostrou favorável ao controle de qualidade e produção no serviço público. A existência de regras claras que estabeleçam horário, jornada de trabalho e controle de qualidade é legítima e necessária, disse o ministro.

Haddad afirmou que a estabilidade é um elemento fundamental para um serviço público bem-organizado. E destacou a necessidade de garantir que os recursos públicos, que são limitados e custeados por toda a sociedade, sejam utilizados de forma que “renda”.

A lógica por trás da exigência de desempenho é a necessidade de produção e a adesão a padrões de qualidade e eficiência. Ele citou o exemplo de hospitais públicos, que devem responder a tais padrões.

Para o ministro, as regras claras de eficiência e qualidade são cruciais, pois o serviço público é financiado por todos os cidadãos, demandando, consequentemente, mais transparência sobre essas questões.

A discussão sobre o controle de desempenho surge em um contexto mais amplo de modernização e eficiência na administração pública. Ao debater o trabalho remoto, por exemplo, Haddad mencionou que há setores em que a produtividade até aumentou com o modelo home office.

O ministro também ressaltou que a tecnologia e a inteligência artificial (IA) prometem ganhos de produtividade que ainda não são totalmente compreendidos, mas é essencial que se pense em como utilizar essas inovações para o bem-estar da sociedade.

Apesar de defender o uso de tecnologia e o aperfeiçoamento constante para a melhoria da qualidade do serviço, o ministro alertou que toda nova tecnologia pode gerar pânico em relação ao emprego, e as relações sociais precisam ser reorganizadas para evitar a precarização do trabalho.

Embora o debate sobre a estabilidade e desempenho faça parte da visão de organização do estado, Haddad também reconheceu desafios estruturais na composição das carreiras públicas.

Segundo ele, o Brasil enfrenta um déficit de servidores em diversas áreas, incluindo a fiscalização tributária e aduaneira. Segundo ele, a falta de pessoal em certas agências pode, inclusive, atrasar o desenvolvimento do país, citando a demora em obter autorizações de órgãos como o Ibama ou a Anvisa.

Correção

A versão original desta reportagem continha erros de informação. Ao contrário do que dizia o texto, Haddad não afirmou que defendia o fim da estabilidade do funcionalismo público. Também não disse que os tributos brasileiros eram de Primeiro Mundo e os serviços, de terceiro. O texto que está no ar, acima, já foi devidamente corrigido.

Corrigido em 29/09/2025 às 16:25

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