Pressionado pela cúpula do PP a entregar o cargo, o ministro dos Esportes André Fufuca afirmou, nesta segunda-feira 6, que apoiará a reeleição de Lula (PT) em 2026 mesmo que esteja “amarrado”. As declarações foram dadas durante um evento no Maranhão, reduto eleitoral de Fufuca.
Em seu discurso, o ministro ainda fez um mea-culpa pelo apoio a Jair Bolsonaro (PL) em 2022.
“O importante não é justificar o erro, o importante é evitar que ele se repita. Em 2022, eu cometi um erro. Agora, em 2026, pode ser que o meu corpo esteja amarrado, mas a minha alma, o meu coração e a minha força de vontade estarão livres para brigar e ajudar Lula a ser presidente do Brasil“, declarou o ministro.
A federação União Progressista aguarda a demissão de Fufuca para sacramentar o desembarque da gestão petista, anunciado no mês passado. O chefe dos Esportes e Celso Sabino (União-PA), que comanda o Turismo, resistem. Os dois desejam concorrer ao Senado em 2026 pelos seus respectivos estados e anseiam contar com o apoio de Lula.
Sabino deve enfrentar um processo de expulsão em seu partido. Ele chegou a anunciar um pedido de demissão, mas acabou decidindo ficar no cargo à revelia da decisão da executiva nacional da sigla comandada por Antônio de Rueda, após receber o apoio de correligionários da Câmara.
A agenda em Imperatriz (MA) marcou a entrega de residências do programa Minha Casa, Minha Vida. Em seu discurso, Lula indicou que Fufuca pode ficar mais tempo no cargo ao dizer que “ainda neste mês”, os dois anunciariam a “Universidade do Esporte em Brasília”.