
O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta quarta-feira 26 que seus técnicos fecharam com autoridades da Ucrânia um acordo sobre um novo programa de US$ 8,2 bilhões (R$ 44 bilhões) para apoiar reformas destinadas a estabilizar a economia do país, devastado pela guerra com a Rússia.
O novo acordo, que precisa ser aprovado pelos diretores-executivos do fundo, faz parte de um pacote de ajuda internacional de US$ 122 bilhões (R$ 655 bilhões).
“Este programa tem como objetivo servir de catalisador para um apoio externo mais amplo que permita à Ucrânia cobrir suas dificuldades de financiamento”, disse o chefe da missão do FMI, Gavin Grey, citado no comunicado.
Segundo a instituição, o governo ucraniano enfrenta um déficit de financiamento da ordem de US$ 63 bilhões (R$ 338 bilhões) para o ano fiscal de 2026-2027, e um total de US$ 136,5 bilhões (R$ 733 bilhões) para o período 2026-2029.
O comunicado ressalta que o programa pode ser “recalibrado” segundo a evolução das necessidades, “em função dos avanços feitos na resolução do conflito”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, promove a assinatura de um plano de paz entre Moscou e Kiev, e afirmou que restam apenas “alguns pontos de discordância” para resolver em relação à sua proposta de acordo.
A economia ucraniana sofre os efeitos da guerra iniciada com a invasão russa de fevereiro de 2022. Os ataques russos recentes têm como alvo principal a rede elétrica do país. Ainda assim, o FMI destaca sinais de solidez econômica, com um crescimento esperado de 2% neste ano.
