O youtuber e influenciador Felca (Felipe Bressanim) publicou, no começo da semana, um vídeo de denúncia em que acusa o também criador de conteúdo Hytalo Santos de sexualizar adolescentes e produzir materiais voltados a um público adulto. No vídeo, intitulado “Adultização”, Felca reúne trechos que, segundo ele, mostram comportamentos e cenas impróprias envolvendo menores.
A repercussão foi rápida: perfis ligados a Hytalo foram alvo de denúncias e acabaram desativados pelas plataforma, entre eles o Instagram do influenciador. Também foi removida a conta de uma jovem conhecida como Kamylinha, frequentemente citada nas publicações e cujo perfil, segundo reportagens, tem sido associado ao caso. As ações das plataformas ocorreram pouco tempo após a divulgação do vídeo.
O Ministério Público da Paraíba confirmou que investiga Hytalo desde 2024 em inquéritos que envolvem denúncias relacionadas à exploração de menores, segundo apuração feita por veículos que acompanham o caso. As investigações, conforme as reportagens, já vinham em andamento antes da nova onda de denúncias públicas. Na peça publicada por Felca, ele descreve cenas de festas, consumo de bebida e falas que, na visão do denunciante, “adultizam” adolescentes e criam um ambiente adulto ao redor de jovens que ainda estão na puberdade. Felca também diz que o formato de conteúdo serviria para atrair públicos com intenções indevidas, alegações que ele ilustra com trechos editados no vídeo.
Procurado pela imprensa e citado em reportagens, Hytalo se manifestou por meio de mensagens nas redes dizendo que vai acionar a equipe jurídica e negando as acusações como “risíveis”, posicionamento que também foi noticiado. Enquanto isso, a Meta (dona do Instagram) não detalhou publicamente os motivos individuais de cada remoção, apenas informou que aplica suas regras sobre exploração de menores.
O caso segue em evolução: há apelos nas redes por novas apurações e também pedidos por cautela para não expor indevidamente possíveis vítimas. A reportagem do Alô Juca manteve a linha de não apresentar conclusões sobre culpa ou inocência — isso cabe às investigações oficiais e, se for o caso, ao Judiciário. Seguiremos acompanhando e atualizaremos assim que houver novos posicionamentos do Ministério Público, da defesa de Hytalo, de Felca ou das plataformas.