Familiares e amigos da menina Aisha Vitória, de 8 anos, fecharam um trecho da Avenida Paralela, em Salvador, na manhã desta terça-feira (22), em um protesto marcado pela dor e pela cobrança de justiça. A manifestação aconteceu no sentido Centro, nas proximidades do fim da via, e causa lentidão no trânsito.
O ato marcou um ano do crime que chocou a capital baiana. Aisha foi abusada e assassinada no dia 22 de julho de 2024, no bairro de Pernambués. O autor do crime, Joseilson Souza da Silva, de 43 anos, era vizinho da vítima. Ele foi preso no dia seguinte, em flagrante, e confessou à Polícia Civil que premeditou a violência.
Segundo o depoimento prestado pelo acusado, ele havia se mudado para a localidade quatro meses antes e observava a criança com frequência. No dia do crime, decidiu faltar ao trabalho com o objetivo de atrair Aisha para dentro de casa. Após violentá-la, estrangulou a menina e abandonou o corpo sobre sacos de construção, em uma travessa a cerca de 30 metros da casa onde ela vivia com os pais e irmãos.
Durante o protesto, os familiares seguravam cartazes com frases como “Justiça por Aisha” e “Um ano sem resposta”. Eles também realizaram orações em memória da menina. “É muito difícil continuar a vida depois de uma perda dessas. Um ano se passou e esse homem ainda não foi julgado. A gente só quer justiça, que ele pague pelo que fez”, disse uma tia da criança, emocionada.
A expectativa da família é que o julgamento aconteça ainda em 2025.