Exposição no Rio mostra legado de Assis Chateubriand

O legado de Assis Chateubriand, uma das mais importantes figuras da Comunicação no século 20, é resgatado na exposição “Chatô e os Diários Associados – 100 anos de Paixão”, em cartaz até o dia 24 de setembro no Museu da Imagem e do Som, no Rio de Janeiro.

A mostra narra a trajetória do magnata dono dos Diários Associados, um conglomerado que reuniu dezenas de jornais, revistas e estações de rádio, alguns com atuação até hoje no país. A fundação desse império midiático completou cem anos em outubro do ano passado. 

O curador e diretor artístico da exposição, Marcos Nauer, explica que a abordagem escolhida explora diferentes recursos interativos e se propõe a ir além de uma mera retrospectiva.

“Os visitantes podem esperar uma experiência viva, sensorial e emocional. Não é uma exposição que se contenta só em contar uma história. Ela faz o público sentir o impacto de Chatô no Brasil que temos hoje. O visitante vai construindo aos poucos a figura deste grande inovador, deste grande visionário”.

Nauer cita alguns exemplos da interatividade que o público vai encontrar no espaço expositivo.

“Na área do jornal o visitante pode tocar os jornais, ver alguns exemplares históricos. Na estação da rádio ouvir áudios originais de alguns programas históricos da Era de Ouro da Rádio Tupi. Na estação da TV você pode assistir desde a primeira chegada dos equipamentos da TV TUPI no Rio de Janeiro, até a última exibição”.

A exposição é dividida em cinco estações temáticas, cada uma recriando um marco da comunicação no Brasil. O curador destaca que essa história de inovações é contada também com o uso de um recurso que vem revolucionando o mundo da comunicação, a Inteligência Artificial.  

“É um dos momentos mais inovadores da nossa exposição, quando o visitante pode interagir diretamente com uma inteligência artificial Orion Nova, que foi criada exclusivamente para a exposição. E aí você pode criar um diálogo, criar conteúdos, criar matérias”.

Marcos Nauer resume em poucas palavras porque a figura de Assis Chateaubriand é tão importante na história das comunicações no Brasil.

“Assis Chateubriand, o Chatô, não foi apenas um homem da mídia. Ele foi um arquiteto simbólico da opinião pública brasileira durante muito tempo. Então conhecê-lo hoje é entender como o poder da comunicação se moldou ao longo da nossa história. As narrativas e até mesmo a ideia de verdade. Em tempos de fake news, de manipulação das inteligências artificiais criando imagens, fotos de vídeos cada vez mais realistas, olhar pra Chatô hoje é olhar pra origem do que vivemos”.

O projeto ainda conta com mediação educativa para alunos e grupos escolares. A entrada é franca.


SECOM

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