Jornadas longas e prazos apertados no trabalho têm impacto direto na libido, segundo o terapeuta sexual João Borzino. Ele define a libido como a energia que impulsiona o desejo sexual e promove a conexão emocional e física.
De acordo com Borzino, fatores fisiológicos, psíquicos e comportamentais influenciam a libido. Ele explica que hormônios como a testosterona, além de neurotransmissores como dopamina e serotonina, desempenham papéis importantes.
Além disso, desequilíbrios hormonais ou alterações no sistema nervoso central podem reduzir significativamente o desejo sexual. Borzino acrescenta que fatores emocionais, como baixa autoestima e estresse crônico, também afetam a capacidade de sentir desejo.
No aspecto comportamental, ele destaca que hábitos como alimentação equilibrada, prática de exercícios e sono adequado são essenciais para manter o desejo sexual ativo.
Homens e mulheres são impactados de formas distintas
Segundo Borzino, o estresse crônico no trabalho é um dos maiores fatores que comprometem a libido. Ele afirma que o aumento do cortisol, causado pelo estresse, interfere na produção de testosterona e no equilíbrio dos neurotransmissores.
Ele observa que homens e mulheres são afetados de maneiras diferentes. Nos homens, a queda da libido pode vir acompanhada de disfunção erétil.
Já nas mulheres, o impacto geralmente se manifesta na redução do desejo e em dificuldades de excitação. Ele ressalta que a sobrecarga emocional e doméstica frequentemente agrava o problema entre elas.
Síndrome de Burnout intensifica os efeitos negativos
Além disso, Borzino alerta que a Síndrome de Burnout tem efeitos ainda mais profundos sobre a saúde sexual. Ele explica que essa condição, associada ao trabalho, é caracterizada por exaustão extrema, despersonalização e sensação de ineficácia.
De acordo com estudos citados pelo terapeuta, 65% das pessoas com Burnout apresentam algum tipo de disfunção sexual. Isso pode gerar conflitos nos relacionamentos e criar distanciamento emocional entre os casais.
Atividade sexual melhora produtividade no trabalho
Por outro lado, Borzino destaca que uma vida sexual ativa traz benefícios para o desempenho profissional. Ele afirma que a atividade sexual libera hormônios como endorfina e oxitocina, que ajudam a reduzir o estresse.
Além disso, esses hormônios contribuem para melhorar o humor, a criatividade e a produtividade no ambiente de trabalho. Manter uma vida sexual saudável, segundo ele, é uma forma de melhorar tanto a saúde geral quanto o desempenho no trabalho.
Estratégias para equilibrar trabalho e vida sexual
Para ajudar os casais, Borzino sugere algumas estratégias práticas. Ele recomenda que os casais reservem momentos exclusivos para o relacionamento, sem distrações externas.
Ele também sugere a prática de mindfulness, que ajuda a reduzir o estresse e a aumentar a conexão entre os parceiros. Além disso, planejar escapadas românticas, como viagens curtas ou fins de semana juntos, pode ajudar a reviver a intimidade.
Borzino enfatiza a importância da comunicação. Ele recomenda que os casais conversem abertamente sobre expectativas e desafios.
Por fim, ele orienta que busquem ajuda profissional caso o problema persista. Segundo o terapeuta, um especialista pode oferecer suporte eficaz para superar os bloqueios.
Borzino conclui que cuidar da libido é parte do equilíbrio entre corpo, mente e emoções. Ele destaca que isso fortalece os laços afetivos e melhora a qualidade de vida.