EUA matam 3 em novo ataque no Caribe, diz chefe do Pentágono – CartaCapital

Militares dos EUA atacaram mais uma vez uma embarcação supostamente carregada com drogas no Caribe. Três homens que estavam a bordo foram mortos no ataque em águas internacionais, anunciou o chefe do Pentágono, Pete Hegseth, na plataforma X.

Citando informações de inteligência não especificadas, ele afirmou ainda que a embarcação transportava drogas por uma rota de contrabando conhecida.

Inicialmente, as declarações não puderam ser verificadas de forma independente.

Um vídeo publicado na postagem no X do ministro parece mostrar um ataque aéreo contra um barco, possivelmente com um míssil. Uma grande bola de fogo é visível.

Hegseth não forneceu mais detalhes sobre a localização do incidente em sua publicação. Os militares dos EUA continuarão a perseguir, “caçar e matar” traficantes de drogas, escreveu o ministro da Defesa.

Há semanas, as forças americanas têm atacado repetidamente barcos supostamente carregados de drogas no Caribe e no Pacífico. As ações são alvos de críticas de analistas e autoridades internacionais.

ONU insta EUA a cessarem bombardeios

Na sexta-feira, as Nações Unidas instaram Washington a interromper tais ataques.

Mais de 60 pessoas teriam sido mortas nesses ataques dos EUA desde o início de setembro, afirmou o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk.

Embora reconhecendo os desafios do combate ao tráfico de drogas, Türk observou em um comunicado que essas pessoas foram mortas “em circunstâncias que não encontram justificativa no direito internacional”.

“Esses ataques e seu crescente custo humano são inaceitáveis”, disse Türk. “Os EUA devem interromper tais ataques e tomar todas as medidas necessárias para evitar a execução extrajudicial de pessoas a bordo desses barcos.”

O presidente Donald Trump justificou os ataques como uma escalada necessária para conter o fluxo de drogas para os EUA.

Venezuela rejeita acusações dos EUA

O governo Trump acusa a Venezuela, nação caribenha governada autocraticamente pelo presidente Nicolás Maduro, de envolvimento com o tráfico de drogas para os EUA. As Forças Armadas dos EUA enviaram navios e unidades adicionais para a região. O governo venezuelano, entre outros, vê isso como uma ameaça.

Maduro rejeita as acusações do governo dos EUA. “A Venezuela é inocente”, reiterou recentemente o presidente. Ele afirma que tudo o que está sendo feito contra seu país visa apenas justificar uma guerra e uma mudança de poder no topo, além de privar a Venezuela de sua “imensa riqueza petrolífera”.

O país sul-americano possui as maiores reservas de petróleo do mundo, estimadas em 303 bilhões de barris (159 litros cada). Trata-se principalmente de petróleo bruto pesado, que só pode ser extraído e refinado com tecnologia especializada.

Com este novo ataque, já são 16 as embarcações destruídas pelas forças americanas em águas internacionais, e que os EUA vinculam a atividades de narcotráfico, desde o início da campanha militar do Comando Sul que inicialmente se concentrou no Caribe, perto do litoral da Venezuela, se estendendo ao Pacífico, perto da costa da Colômbia.

Na semana passada, o presidente americano, Donald Trump, afirmou que não descarta ataques a alvos em terra na Venezuela e na Colômbia relacionados ao narcotráfico e acrescentou que, se decidir realizar essas manobras, notificará o Congresso.

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