Pequenos negócios apostam em propaganda paga na internet – Do Micro Ao Macro – CartaCapital

O avanço das varejistas chinesas no Brasil tem provocado mudanças profundas no setor de e-commerce e acendido o debate sobre competitividade e inovação no varejo nacional. O tema foi destaque no painel “O Futuro do Varejo”, realizado durante o festival de inovação tecnológica Rec’n’Play 2025, em Recife, que reuniu especialistas para discutir estratégias e tendências de consumo.

Os participantes apontaram que o sucesso das plataformas chinesas está na integração entre marketing e modelo de negócio. Enquanto muitas empresas brasileiras ainda tratam o marketing como uma área isolada, as chinesas o utilizam como parte central da experiência de compra, conectando dados, comunicação e engajamento em tempo real.

Redes sociais e gamificação como motor de engajamento

No modelo chinês, as redes sociais são tratadas como espaços de relacionamento e inovação, e não apenas de divulgação. A gamificação, que transforma a compra em uma experiência interativa e divertida, tem papel central nessa estratégia. O consumidor participa de desafios, conquista recompensas e acumula benefícios, criando um vínculo emocional com a marca.

Essa combinação entre entretenimento e conveniência contribui para transformar o ato de comprar em uma experiência prolongada, na qual o cliente se mantém ativo e conectado.

Comunidades e fidelização desde a primeira compra

Outro diferencial está na criação de comunidades de consumo. As empresas chinesas priorizam o entendimento do comportamento do cliente, construindo relações de longo prazo e ampliando o GMV (Gross Merchandise Value) das transações.

Enquanto o varejo brasileiro ainda concentra esforços em vender produtos de forma direta, o modelo asiático busca gerar identificação e pertencimento, fidelizando o consumidor desde o primeiro contato. Essa abordagem é liderada por executivos jovens e inovadores, que mantêm o foco na experiência e na personalização.

Atendimento como base da inovação

O atendimento ao cliente é considerado o centro da operação no varejo chinês. Colocar o consumidor no foco das decisões facilita o uso de tecnologia, acelera a automação dos processos de venda e cria um ecossistema em que inovação e eficiência caminham juntas.

Apesar das diferenças entre os mercados, as prioridades do público seguem semelhantes: preços competitivos, frete grátis, entregas rápidas e experiência fluida de compra continuam sendo determinantes para a decisão final.

Tendências para o futuro do varejo brasileiro

Especialistas avaliam que o varejo digital brasileiro tende a adotar parte dessa lógica, com o fortalecimento de experiências baseadas em games, recompensas e interação social. A meta é criar ambientes digitais em que o cliente se sinta confortável para permanecer por mais tempo, aumentando o engajamento e a lealdade.

Para Rebecca Fischer, cofundadora e Chief Strategy Officer (CSO) da Divibank, o potencial de crescimento é evidente. “Com o e-commerce em ascensão e obstáculos a serem superados, o Brasil tem um enorme potencial de expansão, desde que as abordagens certas sejam adotadas para garantir um avanço seguro, acessível e sustentável para todos”, afirma.

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