O ato organizado por lideranças políticas de esquerda, centrais sindicais e outras entidades em São Paulo neste 7 de Setembro reuniu aproximadamente 8,8 mil pessoas, segundo uma estimativa do Monitor do Debate Político, formado por pesquisadores da Universidade de São Paulo.
A contagem ocorreu no momento de pico, às 11h11, a partir de fotos aéreas analisadas com um software de inteligência artificial. O método, segundo os pesquisadores, tem uma precisão de 72,9% e uma acurácia de 69,5% na identificação de indivíduos. O erro percentual absoluto médio na contagem é de 12% — portanto, estavam presentes entre 7.704 e 9.086 pessoas.
A direção-geral do Monitor do Debate Político é dos pesquisadores da USP Márcio Moretto e Pablo Ortellado.
O ato ocorreu na Praça da República, centro da capital paulista, e ocupou uma avenida próxima. Manifestantes carregavam bandeiras e faixas em favor da soberania popular e de pautas ligadas aos trabalhadores, como o fim da escala 6×1, a isenção do Imposto de Renda para os que recebem até 5 mil reais e a taxação progressiva. A mobilização rechaçou também a anistia a golpistas e o tarifaço de Donald Trump.
Um dos presentes no protesto era o presidente do PT, Edinho Silva, que cobrou punição aos envolvidos na tentativa de golpe. O Supremo Tribunal Federal deve concluir nesta semana o julgamento do núcleo crucial da trama, do qual faz parte o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Se banalizarmos isso, teremos aberto o precedente oara que toda vez que alguém perder as eleições, se sinta no direito de organizar golpe e assassinar os vitoriosos.”