Ebulição dos anos 1980 é retratada em exposição no Rio de Janeiro

A década de 80 foi um período de marcantes mudanças no Brasil, como o fim da ditadura, a abertura política e a promulgação da Constituição de 88. Essas e outras etapas de nossa história recente são apresentadas na exposição “Fullgás – artes visuais e anos 1980 no Brasil”, inaugurada nesta quarta-feira (02/9).

A mostra, que faz parte das celebrações dos 35 anos do Centro Cultural Banco do Brasil (foto), no Rio de Janeiro, reúne cerca de 300 obras de mais de 200 artistas de todas as regiões do país. Lá está um amplo panorama das artes visuais da década, além de elementos da cultura visual, como revistas, panfletos, objetos e capas de discos. O curador-chefe Raphael Fonseca destaca a importância de resgatar essa memória.

“Um projeto como esse ele é importante porque permite a gente revisar a história do Brasil, permite revisar a história da arte também, do país, e permite fazer que a gente se reveja né. Faz com que gerações mais novas aprendam sobre a história do país, aprendam sobre a história das diversas mídias também, aprendam sobre arte e imagem e uma geração mais velha, a chamada a geração 80 mesmo, possa rever no espelho e fazer uma revisão e um balanço em sua trajetória”.

A exposição ocupa oito salas do primeiro andar do CCBB, além da rotunda, e é dividida em cinco núcleos conceituais com nomes de músicas da década de 80. São elas: “Que país é este”, “Beat acelerado”, “Diversões eletrônicas”, “Pássaros na garganta” e “O tempo não para”. Até mesmo o nome da exposição, “Fullgás – artes visuais e anos 1980 no Brasil”, foi inspirado em uma canção de Marina Lima que embalou os anos 80.

O curador ressalta, ainda, a diversidade de artistas presentes na mostra.

“A gente tem desde nomes muito conhecidos internacionalmente mesmo como Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Leda Catunda, Leonilson, artistas que se envolvem muito pelo Rio-São Paulo, como também nomes de outras regiões do Brasil que pelo menos até o momento não participaram de exposições com esse cunho nacional, mídia internacional, como por exemplo Mestre Rosalino, que é um pintor maravilhoso, autodidata, lá de Porto Nacional, do Tocantins”.

A mostra fica em cartaz até o dia 27 de janeiro, e depois segue para temporada nas unidades do Centro Cultural Banco do Brasil em Brasília, São Paulo e Belo Horizonte. A entrada é gratuita.
 


SECOM

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