A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) aumentou de 76,0% em abril (dado revisado) para 76,1% em maio, informou o Banco Central. Em valores nominais, passou de R$ 9,176 trilhões para R$ 9,265 trilhões.
Pelo conceito do Fundo Monetário Internacional (FMI), a DBGG caiu de 88,6% (revisado) para 88,4% do PIB no período. O BC começou a divulgar a estatística este ano.
O pico da série da dívida bruta no critério do BC foi alcançado em dezembro de 2020 (87,6%), devido às medidas fiscais adotadas no início da pandemia de covid-19. No melhor momento, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.
A DBGG que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o BC e as empresas estatais é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) que leva em conta as reservas internacionais do Brasil aumentou de 61,5% do PIB em abril (revisado) para 62,0% em maio. Em reais, atingiu R$ 7,548 trilhões.
Gasto com juros
O setor público consolidado teve resultado negativo de R$ 92,145 bilhões com juros em maio, após um rombo de R$ 69,686 bilhões em abril, informou o BC nesta segunda (30).
O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e BC) teve despesas de R$ 83,688 bilhões na conta de juros. Os governos regionais gastaram R$ 8,042 bilhões, e as empresas estatais, R$ 415 milhões.
De janeiro a maio, a despesa do setor público com juros atingiu R$ 355,651 bilhões, ou 6,93% do Produto Interno Bruto (PIB).
No acumulado de 12 meses, a despesa soma R$ 946,147 bilhões, ou 7,77% do PIB. Em 2024, somou R$ 950,423 bilhões, ou 8,09% do PIB.
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