Investigado por um suposto relacionamento com um menor de idade, o deputado federal Professor Alcides Ribeiro (GO) pediu para deixar o PL na semana passada. A solicitação foi formalizada em meio a uma pressão interna de dirigentes partidários para expulsá-lo da sigla.
O documento encaminhado ao comando da agremiação não cita a apuração em andamento na Polícia Civil de Goiás. “Em razão de motivos alheios a minha vontade e, após análise cuidadosa de questões políticas e ideológicas que envolvem o cenário partidário, e por questões de foro íntimo, entendo que torna-se necessária minha desfiliação”, justificou o deputado.
Procurado por CartaCapital, Alcides disse não ter sofrido pressão para deixar o PL e, ao ser questionado sobre seu futuro partido, afirmou que a única preocupação do momento é provar sua inocência.
Em dezembro do ano passado, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Aparecida de Goiânia cumpriu três mandados de prisão e três mandados de busca e apreensão na casa de pessoas próximas ao deputado – o segurança dele foi preso na ocasião.
Os investigadores afirmam que o adolescente teria sido ameaçado pelos alvos da operação “com a utilização de armas de fogo para que entregasse os aparelhos telefônicos e fornecesse a senha do iCloud”. O objetivo do crime, segundo a Polícia, era “ocultar relação íntima entre o adolescente e um parlamentar”.
Nas eleições do ano passado, Alcides Ribeiro concorreu à prefeitura de Aparecida de Goiânia com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele foi derrotado, no segundo turno, pelo candidato do governador Ronaldo Caiado (União), Leandro Vilela (MDB).