Deputado do PL propõe lei para criminalizar ataques a religiosos nas redes sociais – Política – CartaCapital

O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) apresentou um projeto de lei para criminalizar supostos ataques contra religiosos na internet. A iniciativa é uma resposta a críticas de internautas ao sacerdote Frei Gilson, que provocou embates entre apoiadores do presidente Lula (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos últimos dias.

A proposta busca tipificar o crime de ataque contra religiosos por meio das redes sociais, com pena entre seis meses e dois anos de detenção, além de multa.

A punição seria aplicada a quem “promover, organizar ou realizar ataques em massa contra líderes religiosos ou fiéis, por meio das redes sociais, com o objetivo de incitar ódio, intolerância, violência, assédio moral, perseguição sistemática, difamação ou ameaça à integridade moral ou física da vítima”.

Na justificativa do projeto, Bilynskyj menciona uma suposta “crescente disseminação de discursos de ódio e campanhas de intimidação contra líderes religiosos e seus seguidores”.

Frei Gilson, um sacerdote de 38 anos, integra a congregação Carmelitas Mensageiros do Espírito Santo e tem reunido fiéis em transmissões ao vivo, realizadas durante as madrugadas, para rezar ao longo da Quaresma, período de penitência e reflexão que antecede a Páscoa.

Ele foi um dos quatro religiosos citados pela Polícia Federal nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022, mas não foi implicado na trama golpista. O canal do religioso no YouTube tem 6,6 milhões de inscritos, enquanto seu perfil no Instagram é seguido por 7,8 milhões de pessoas.

Nos últimos dias, internautas resgataram declarações polêmicas do frei, como a de que as mulheres foram criadas para “curar a solidão do homem” e aquela em que ele pediu que “os erros da Rússia” não assolassem o Brasil (em uma alusão ao comunismo).

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