A Coreia do Norte chamou o presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, de “hipócrita” por suas declarações sobre a desnuclearização da península durante uma visita aos Estados Unidos esta semana.
Desde que assumiu o cargo em junho, Lee tenta melhorar suas relações com o Norte, que possui armas nucleares, e assumiu o compromisso de estimular a “confiança militar” com Pyongyang.
A Coreia do Norte afirmou, no entanto, que não tem interesse em melhorar as relações com Seul, um aliado crucial de Washington para a segurança regional.
Durante a visita de segunda-feira ao Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais na capital dos Estados Unidos, Lee afirmou que a aliança entre Seul e Washington “seria elevada a um nível global” quando “houver um caminho para a desnuclearização, a paz e a coexistência na península coreana”.
Desde uma reunião de cúpula fracassada com os Estados Unidos em 2019, a Coreia do Norte insiste que nunca renunciará às suas armas atômicas e se declarou um Estado nuclear “irreversível”.
“Lee fingiu que tem vontade de restabelecer as relações com a Coreia do Norte, mas revelou sua verdadeira face de maníaco do confronto e de hipócrita com suas declarações recentes”, afirmou a agência oficial de notícias norte-coreana KCNA.
A menção de Lee à ‘desnuclearização’ é quase um sonho ingênuo, como tentar capturar uma nuvem no céu”, acrescentou.
Após uma reunião em Tóquio na semana passada com o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, Lee também afirmou que os dois países, aliados de Washington na área de segurança, reafirmaram o “compromisso compartilhado com a completa desnuclearização da península da Coreia”.
A KCNA afirmou nesta quarta-feira que a Coreia do Norte “manterá inalterada sua posição de não abandonar as armas nucleares, o prestígio e a honra do Estado”.
Lee pediu, durante sua reunião na segunda-feira na Casa Branca, que o presidente americano Donald Trump, que frequentemente se vangloria de sua relação pessoal com o líder norte-coreano Kim Jong Un, ajude a alcançar a paz entre o Norte e o Sul.