
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados adiou para esta quarta-feira 3, às 14h, a análise de pareceres relativos a denúncias contra aos deputados Lindbergh Farias (PT-RJ), André Janones (Avante-MG) e Guilherme Boulos, deputado do PSOL que se licenciou para ser ministro do governo Lula (PT).
Eles são acusados de quebra de decoro e entraram na mira do colegiado após pedidos protocolados pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Veja as acusações:
Lindbergh Farias
O parlamentar responde a dois processos. O primeiro deles acusa Lindbergh de ofender o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) durante uma entrevista concedida ao jornal O Tempo em março deste ano. Na ocasião, Lindbergh chamou o parlamentar do PL de ‘canalha’ ao comentar as ofensas proferidas pelo bolsonarista contra a ministra Gleisi Hoffmann, que é deputada licenciada.
Já a segunda representação partiu do Novo. O partido da direita acusa Lindbergh de ter divulgado, nas redes sociais, imputações falsas ao deputado Marcel van Hattem (Novo-RS). No post questionado, o petista diz que van Hattem acusou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de tentativa de golpe. Ele também dirigiu diversas ofensas contra o magistrado. O deputado do Novo, porém, alega que estava protegido pela imunidade parlamentar ao fazer as declarações e pede que Lindbergh seja punido com a suspensão do mandato por seis meses.
André Janones
O deputado responde a três processos:
- No primeiro deles, a Mesa Diretora acusa o deputado André Janones (Avante-MG) de quebra de decoro por ofensas dirigidas ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e provocações à bancada do Partido Liberal (PL) durante sessão de 9 de julho de 2025;
- já o PL acusa Janones de ter solicitado que servidores devolvessem parte de seus salários para beneficiar sua campanha; e
- em outra ação, o PL acusa Janones de ter postado, em suas redes sociais, ofensas graves contra o deputado Gustavo Gayer.
Guilherme Boulos
O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), por fim, é acusado pelo PL de ter ofendido parlamentares da legenda durante reunião do Conselho de Ética em abril deste ano. A reunião julgava o caso de Glauber Braga (PSOL). Na ocasião, Boulos listou uma série de casos e investigações contra bolsonaristas que não foram julgadas com rigor pelo colegiado. As citações nominais a Gilvan da Federal, que defendeu a morte do presidente Lula (PT), e a Gustavo Gayer motivaram o pedido da sigla da extrema-direita contra o hoje ministro.
(Com informações de Agência Câmara)
