Peter Navarro, conselheiro do presidente Donald Trump, afirmou que, se a Suprema Corte confirmar a recente decisão judicial que considerou inconstitucional boa parte do tarifaço de Trump, “será o fim dos Estados Unidos”. Navarro concedeu entrevista ao canal Fox News e defendeu a taxação de importações, afirmando que ninguém pretendia torná-las permanentes. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Na sexta-feira, o Tribunal de Apelações dos Estados Unidos para o Circuito Federal, em Washington, decidiu que a recente elevação de tarifas com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (Ieepa, na sigla em inglês) era ilegal porque o déficit comercial dos EUA com outros países não constituiria uma emergência. A corte não analisou tarifas sobre importações de automóveis, peças automotivas, aço e alumínio, elevadas por meio da Lei de Expansão Comercial. Mesmo no caso das tarifas consideradas ilegais, no entanto, o Tribunal de Apelações determinou que elas não seriam derrubadas imediatamente, dando até 14 de outubro para o governo renegociar as tarifas ou recorrer à Suprema Corte.
Na entrevista, Navarro rebateu o argumento, afirmando que o “déficit comercial é absolutamente devastador para este país”, bem como a onda de consumo de fentanil, que o governo usa como justificativa para taxar produtos vindos da China, Canadá e México – se os três países adotarem medidas efetivas para impedir a entrada da droga nos EUA, as tarifas podem ser retiradas, afirmou o assessor. Do contrário, e se a Suprema Corte confirmar o veredito do Tribunal de Apelações, “o presidente Trump estará certo e será o fim dos Estados Unidos”, completou Navarro.