A jornada de compra online está se tornando mais ágil. Entre 2023 e 2025, o tempo médio entre a visualização de um produto e a finalização da compra caiu 12,9%, segundo pesquisa recente. O estudo aponta que consumidores estão cada vez mais diretos, evitando etapas longas e complexas antes de decidir pela compra.
As fronteiras entre mídia e comércio desapareceram. Toda plataforma passou a funcionar como canal de venda, e todo conteúdo pode gerar transação. Esse novo comportamento obriga empresas e varejistas a reverem suas estratégias de presença digital, criando experiências integradas em diferentes plataformas.
Além disso, 70% dos consumidores afirmam estar dispostos a comprar com auxílio de inteligência artificial, o que reforça a importância da automação nas decisões de compra.
A pesquisa, conduzida pela WGSN em parceria com a VTEX, aponta que o tempo se tornou o principal ativo do consumidor moderno. Segundo Rafaela Rezende, General Manager da VTEX no Brasil, “o consumidor muitas vezes tem poder de compra, mas não tem tempo para longas pesquisas. Por isso, investimos em soluções de IA que tornam o processo mais rápido e assertivo, melhorando a experiência e ampliando as conversões”.
O avanço do chamado Quick Commerce, que promete entregas em até 30 minutos, é exemplo dessa tendência. A modalidade já movimenta mais de R$ 64 bilhões na Índia e deve triplicar até 2028, segundo a CareEdge. O modelo vem sendo adotado em mercados de diferentes segmentos, impulsionado pela busca por eficiência.
Influência das redes sociais
A forma de descoberta e compra de produtos também se transformou. No TikTok Shop, os vídeos curtos já representam metade dos US$ 26 bilhões em vendas (GMV). As lojas dentro do aplicativo respondem por 36% e as transmissões ao vivo por 14%, indicando como formatos interativos impactam diretamente a receita.
Três tendências que redesenham o comércio
1. Descentralização: O ponto de venda migrou do site e da loja física para o feed, as mensagens e as lives. Plataformas como TikTok, Instagram, WhatsApp e YouTube se consolidam como marketplaces distribuídos.
2. Advocacy: A influência de criadores de conteúdo ganhou força. Sete em cada dez consumidores compram com base em recomendações, e a confiança nesses influenciadores cresceu 34% em relação a 2024.
3. Demanda preditiva: Ferramentas de IA e Big Data permitem prever comportamentos e personalizar ofertas. Cerca de 82% dos consumidores aceitam compartilhar dados em troca de experiências mais relevantes.
Convergência entre mídia e varejo
Um exemplo dessa integração é o VTEX Ads, criado em parceria com a Globo. O projeto, voltado para a Electrolux, conectou exposição nas plataformas da emissora à venda direta em e-commerces, com rastreamento completo da jornada do cliente.
Esse modelo, aliado ao crescimento de plataformas como o TikTok Shop, mostra que o varejo digital avança em ritmo acelerado, com consumidores mais conectados, jornadas curtas e compras cada vez mais personalizadas.