O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela ratificou, nesta sexta-feira 2, a vitória de Nicolás Maduro sobre Edmundo Gonzáles Urrutia na eleição presidencial do último domingo.
Segundo a autoridade eleitoral, Maduro obteve 51,9% dos votos, enquanto González atingiu 43%.
O presidente do CNE, Elvis Amoroso, leu o boletim atualizado com 97% das atas de votação apuradas. Conforme os números oficiais, o chavista recebeu 6,4 milhões de votos, contra 5,3 milhões do opositor.
A oposição venezuelana, contudo, não reconhece o resultado da eleição e alega que González triunfou. Estados Unidos, Argentina, Uruguai e Peru também anunciaram reconhecer o candidato opositor como o vencedor do pleito.
Na quinta 1º, o Tribunal Supremo de Justiça convocou os candidatos a comparecer até sua sede, após aceitar um recurso de Maduro para certificar o processo.
Segundo a presidente da Corte, Caryslia Rodríguez, o objetivo é iniciar uma “investigação para certificar de maneira irrestrita os resultados do processo eleitoral”.
Enquanto isso, porém, os Estados Unidos continuam a pressionar o governo Maduro. O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, considera que González venceu a eleição.
“Dada a esmagadora evidência, está claro para os Estados Unidos e, mais importante, para o povo venezuelano, que Edmundo González Urrutia ganhou a maioria dos votos nas eleições presidenciais da Venezuela em 28 de julho”, disse Blinken.
Também na quinta-feira, os governos de Brasil, Colômbia e México reiteraram uma cobrança à Venezuela pela divulgação das atas da eleição.
“Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação“, diz o comunicado. Os países também instam a resolver por vias institucionais as “controvérsias” sobre a eleição.
Os três países signatários da nota desta quinta são governados por presidentes de esquerda: Lula (PT), no Brasil; Gustavo Petro, na Colômbia; e Andrés Manuel López Obrador, no México.