O Conselho Nacional de Direitos Humanos aprovou, por unanimidade nesta segunda-feira 8, um pedido de explicações contra o deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) após ele afirmar, sem provas, que professores supostamente exibiam vídeos pornográficos e conteúdos eróticos em sala de aula.
As declarações do parlamentar foram dadas em um programa da rádio Jovem Pan. A iniciativa de solicitar explicações de Nikolas partiu de Waldeck Carneiro, coordenador do Fórum Estadual de Educação do Rio de Janeiro. De acordo com a deliberação do colegiado, o deputado terá 10 dias para se manifestar a partir do recebimento da interpelação.
Em ofício encaminhado aos conselheiros Carlos Nicodemos e Ismael Cesar, ele disse que as falas atentam “contra a dignidade, profissional e humana” do magistério brasileiro.
“Não obstante as suas condições objetivas de trabalho e de formação, no mais das vezes adversas, o magistério brasileiro, historicamente, tem oferecido uma contribuição inequívoca, quase heroica, à educação de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, nos diferentes níveis, etapas e modalidades da educação nacional”, sustentou Carneiro no pedido.