CLT, freela ou estágio? Pesquisa compara tipos de namoro com modelos de trabalho – CartaCapital

Na semana do Dia dos Namorados, uma pesquisa da Onlinecurriculo propôs um exercício curioso aos brasileiros: comparar seus relacionamentos afetivos com tipos de contrato de trabalho.

O resultado mostra que o amor, para muitos, funciona como uma relação profissional — com direitos, deveres, benefícios e, claro, rescisões.

A maioria dos 500 participantes ouvidos entre os dias 19 e 23 de maio de 2025 se vê em relacionamentos do tipo “CLT”.

Ao todo, 56% afirmaram estar em vínculos estáveis, com regras definidas e um certo senso de segurança — o típico relacionamento “com carteira assinada”.

Além disso, 94% dos entrevistados disseram acreditar que a vida a dois e o universo corporativo seguem lógicas semelhantes.

Conceitos como estabilidade, entrega, flexibilidade e fim de contrato foram citados, sugerindo que o vocabulário do amor pode, sim, passar pelo RH.

Relações variam entre contratos flexíveis e vínculos de longo prazo

Por outro lado, nem todos se enxergam no modelo tradicional.

Para 17%, o relacionamento atual se assemelha a um contrato PJ: há mais liberdade e menos obrigações.

Já 7,4% ainda se consideram “estagiários” no amor.

Segundo eles, são relações marcadas por dedicação excessiva, pouco retorno e a constante tentativa de provar valor.

Uma parcela menor, de 6%, comparou a relação amorosa a um concurso público.

Esses participantes disseram estar em vínculos sólidos, conquistados com esforço e estabilidade garantida.

Apoio emocional é o benefício mais valorizado

Quando o assunto são os “benefícios” esperados nos relacionamentos, os dados revelam prioridades bem definidas.

Para 52,4% dos entrevistados, ter alguém para dividir a rotina é o mais importante.

Já 51% destacaram o apoio emocional como o aspecto mais valioso de uma relação duradoura.

Outros fatores também foram lembrados.

Entre eles, liberdade para ser quem se é, estabilidade no cotidiano e trocas equilibradas.

Isso mostra que o amor, assim como o trabalho, depende de parceria ativa e respeito mútuo.

Primeiros encontros lembram entrevistas de emprego

A pesquisa também investigou o comportamento dos brasileiros nos primeiros encontros amorosos.

Para 32%, é importante ter clareza logo no início da relação.

Eles buscam entender bem onde estão entrando, como quem avalia uma vaga com descrição objetiva.

Porém, 36,2% preferem uma abordagem mais cautelosa.

Apresentam suas qualidades sem entrar em muitos detalhes, deixando para “revelar mais” nas fases seguintes.

Além disso, 21,4% admitiram valorizar ou exagerar certos pontos para causar boa impressão.

Outros 18,6% se adaptam conforme o perfil da outra pessoa.

Esses participantes dizem personalizar a própria apresentação de acordo com o “clima do momento”.

Por fim, 8,2% afirmaram não seguir estratégia nenhuma: dizem tudo, até o que não precisavam.

Encerrar um relacionamento é como rescindir um contrato

Assim como há uma fase de contratação, também existe o momento da rescisão.

Para muitos, o término de uma relação funciona como o encerramento de um contrato.

A maioria (55,4%) afirmou que, na maioria das vezes, o fim ocorre de forma consensual.

Essas pessoas conversam, resolvem pendências e encerram o vínculo sem mágoas.

Outros 26,6% disseram que preferem “se demitir” quando percebem que a relação não faz mais sentido.

Já 14,6% relataram viver términos turbulentos, com idas e vindas e assuntos mal resolvidos.

Esse cenário lembra demissões cheias de ruídos e pendências emocionais.

Enquanto isso, 12,6% vivem o oposto: encerramentos súbitos, sem qualquer explicação — o conhecido ghosting.

Amor também exige atualização constante

No fim das contas, seja CLT ou freelancer, o que sustenta uma relação é a vontade mútua de crescer junto.

Para isso, é preciso escutar, se adaptar e enfrentar crises com disposição.

Assim como no trabalho, o amor exige aprendizado contínuo, clareza nas trocas e presença ativa.

A metodologia do estudo envolveu entrevistas online com 500 pessoas de diferentes idades, regiões, classes sociais e áreas de atuação.

Os participantes responderam a um questionário estruturado com perguntas sobre vínculos afetivos e profissionais.

Segundo a Onlinecurriculo, refletir sobre o amor com base em contratos de trabalho ajuda a entender como lidamos com compromisso, liberdade e parceria no cotidiano.

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