Carla Zambelli foi a 'mentora intelectual' da invasão aos sistemas do CNJ, diz defesa de Delgatti

A defesa do hacker Walter Delgatti Neto afirmou ao Supremo Tribunal Federal que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi a ‘mentora intelectual’ da invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça. Segundo os advogados do hacker de Araraquara, Delgatti teria sido “iludido” pela deputada, que ofereceu emprego e tratamento de saúde em troca da invasão.

Segundo o advogado do hacker, “ficou clara a atuação de Carla Zambelli como mandante e mentora intelectual das invasões, oferecendo apoio, emprego, benefícios e, inclusive, custeando o tratamento de Walter no hospital de Guaratinguetá”.

“Evidente que a parlamentar explorou a carência do acusado e o iludiu com seu prestígio, o que comprometeu seu entendimento e liberdade de atuação”, diz o texto. As informações são da coluna de Guilherme Amado, do PlatôBR.

Durante a invasão foram inseridos dados falsos, como um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Os dois são réus pela invasão dos sistemas do Poder Judiciário.

Zambelli e Delgatti respondem, nesse processo, pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Somadas, as penas podem chegar a 6 anos de prisão, além de multa.

As investigações da Polícia Federal indicam que Zambelli teria procurado o hacker no fim de 2022 e afirmado que ele teria “emprego garantido” caso conseguisse invadir o celular de Moraes em busca de “conversas comprometedoras”. A “promessa” teria sido feita às margens da Rodovia dos Bandeirantes (SP), em um posto de gasolina.

Sem sucesso na empreitada, a dupla teria arquitetado a inclusão do mandado falso de prisão como se tivesse sido ordenado por Moraes contra ele próprio. No curso da investigação, uma operação da PF prendeu Delgatti e cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados à deputada.

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