Inteligência Artificial ganha espaço nos pequenos negócios e muda a forma de empreender no Brasil – CartaCapital

O acesso a recursos para inovação no Brasil atingiu um patamar inédito em 2025. Atualmente, existem pelo menos 14 linhas de crédito exclusivas para empresas de diferentes portes, além de incentivos fiscais como os previstos na Lei do Bem. Os dados fazem parte de um levantamento da G.A.C. Brasil, consultoria que integra o G.A.C. Group, presente em países como França, Alemanha e Canadá.

Ao longo do ano, foram lançadas novas linhas de financiamento e programas específicos. Entre eles estão a iniciativa do BNDES e da Finep para Indústria 4.0, o Inovacred — voltado às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste — e o Finep Tecnova III, direcionado a micro e pequenas empresas paulistas. Também houve liberação integral dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), com R$ 22 bilhões destinados a pesquisa e inovação.

Crédito impulsiona inovação no país

Segundo Rodrigo Miranda, CEO da G.A.C. Brasil, conhecer e utilizar as principais fontes de apoio permite que empresas desenvolvam projetos inovadores com mais eficiência. “Os financiamentos para inovação são fundamentais para impulsionar a criatividade e promover o desenvolvimento tecnológico e econômico de um país”, afirma.

Ele destaca que o financiamento não se resume à liberação de recursos. É necessário estabelecer parcerias com instituições de pesquisa e fazer uma gestão adequada dos projetos para garantir resultados consistentes.

Linhas de crédito em destaque

Indústria 4.0 – A nova linha de crédito do BNDES e da Finep soma R$ 12 bilhões, sendo R$ 10 bilhões do BNDES e R$ 2 bilhões da Finep. O objetivo é apoiar a aquisição de máquinas e equipamentos avançados, como robótica, IA, Internet das Coisas e sensores. As taxas ficam entre 7,5% e 8% ao ano, com prazos de até oito anos e carência de quatro.

Inovacred – Direcionada a empresas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, disponibiliza R$ 400 milhões para projetos inovadores. A proposta é reduzir desigualdades regionais e fortalecer a competitividade por meio de crédito descentralizado.

Finep Tecnova III – Voltado a micro e pequenas empresas de São Paulo, o programa oferece R$ 28 milhões em subvenção econômica para desenvolvimento de produtos e processos inovadores. As propostas podem ser submetidas até 20 de outubro de 2025 pelo sistema SAGE da Fapesp.

FNDCT – A liberação integral dos recursos do fundo soma R$ 22 bilhões para financiar pesquisa, inovação e a transição para uma economia mais verde e digital.

Lei do Bem (Lei nº 11.196/2005) – Permite excluir investimentos em P,D&I da base de cálculo do IRPJ e da CSLL, gerando renúncia fiscal de até 34%. Também reduz em 50% o IPI na compra de máquinas e zera a alíquota de IRRF em remessas para o exterior destinadas ao registro e manutenção de marcas, patentes e cultivares. As empresas tiveram até 30 de setembro para submeter projetos ao MCTI e já podem planejar o próximo ciclo.

Fontes permanentes de fomento

Além dos programas recentes, há instrumentos contínuos de apoio à inovação no país.

  • Finep – Apoio Direto à Inovação: financia projetos com investimentos a partir de R$ 90 milhões e valor total acima de R$ 15 milhões.

  • Finep Inovacred: crédito especializado para empresas que buscam desenvolver produtos, melhorar processos ou ampliar infraestrutura tecnológica.

  • Finep Subvenção: recursos não reembolsáveis para apoiar projetos de empresas de diferentes setores.

  • PIPE: apoia pequenas empresas paulistas em pesquisas com alto potencial de retorno comercial ou social.

  • PITE: financia projetos cooperativos entre empresas e instituições de ensino superior no estado de São Paulo, em modelo não reembolsável.

  • BNDES Finem – Crédito Inovação Direto: linha para expansão e modernização, contemplando máquinas, obras e capacitação.

  • EMBRAPII: disponibiliza recursos não reembolsáveis para projetos conjuntos entre empresas e unidades EMBRAPII.

Incentivos fiscais complementares

O Programa Mover estimula a cadeia automotiva, abrangendo montadoras, autopeças e sistemas essenciais. O objetivo é incentivar projetos de P,D&I e fortalecer a indústria de mobilidade.

A Lei de Informática concede benefícios fiscais a empresas que fabricam produtos eletrônicos no Brasil e realizam investimentos em inovação tecnológica.

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