Boulos toma posse e afirma que não haverá diálogo com ‘quem trai o Brasil’ – CartaCapital

Novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos (PSOL) tomou posse nesta quarta-feira 29 em uma cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, marcada por críticas à operação policial que deixou mais de 100 mortos no Rio de Janeiro (RJ). No início de seu discurso , Boulos pediu um minuto de silêncio “por todas as vítimas do massacre”, incluindo policiais e moradores das comunidades da Penha e do Alemão.

O ministro declarou que o País tem “um presidente que não fala fino com os Estados Unidos” e “que sabe que a cabeça do crime organizado não está no barraco da favela, mas na lavagem de dinheiro da Faria Lima”.

Boulos defendeu o diálogo com diferentes setores da sociedade, de católicos a evangélicos, mas fez uma ressalva: “Não tem diálogo com quem ataca a democracia e trai o Brasil. Com esses não tem diálogo. Esses queriam ver a gente morto. A eles, inimigos do povo e da democracia, temos duas coisas para dizer: o Brasil é dos brasileiros e sem anistia”.

O novo ministro afirmou que a Secretaria-Geral deve se tornar um canal de escuta e articulação com movimentos sociais, trabalhadores e periferias, e prometeu “dar voz a catadores, trabalhadoras domésticas, sem-teto, sem-terra e quilombolas”.

“Mais do que um ministro, vocês terão um companheiro de luta, de sonhos e de causa.”

Com a posse de Boulos, o PSOL passa a ocupar duas cadeiras na Esplanada dos Ministérios — Sônia Guajajara comanda a pasta dos Povos Indígenas. O novo ministro terá a missão de estreitar o diálogo do governo com movimentos populares e fortalecer a presença do Planalto nas ruas, visando, principalmente, a eleição de 2026.

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