O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse esperar que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, reverta a sua inelegibilidade. Ele não explicou, no entanto, como isso poderia ser feito.
Bolsonaro conversou com jornalistas nesse sábado 18, no Aeroporto de Brasília, onde deixou a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, que embarcou para a posse do presidente norte-americano, que acontece na segunda-feira 20.
[Trump] já tem influência no mundo todo da presença dele. Primeiros ministros que estão caindo, Hamas fazendo acordo, o [Justin] Trudeau renunciou. No México, grandes apreensões foram feitas. Gostaria de apertar a mão dele, não daria pra conversar”, declarou.
O ex-presidente foi impedido de comparecer à posse do presidente norte-americano depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, negou por duas vezes a devolução de seu passaporte. O magistrado concordou com a Procuradoria-Geral da República que não há interesse público na viagem de Bolsonaro aos EUA e que as condições que fizeram com que o documento dele fosse retido continuam valendo.
O passaporte de Bolsonaro foi apreendido há quase um ano, em fevereiro de 2024. Segundo a decisão que embasou a operação, havia risco de que o ex-presidente fugisse do país em meio às investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022.
Quando questionado como Trump poderia intervir na situação, Bolsonaro completou: “Se ele me convidou, ele tem a certeza que pode colaborar com a democracia do Brasil afastando inelegibilidades políticas, como essas duas minhas que tive”, iniciou.
“Só a presença dele, o que ele quer, só ações. Não vai admitir certas pessoas pelo mundo perseguindo opositores, o que chama de lawfare, que ele sofre lá. Grande semelhança entre ele e eu. Também sofreu atentado. Não vou dar palpite, nem sugestão, ele sabe o que está acontecendo”.