O ofício da Baiana de Acarajé pode ganhar o título de Patrimônio Imaterial de Salvador. A Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares (Abam) recebeu, nesta quarta-feira (27), a notificação de abertura do processo pela Fundação Gregório de Mattos (FGM).
O anúncio foi feito durante a abertura da VI Jornada do Patrimônio Cultural, que acontece até sexta-feira (29), no Centro Histórico de Salvador, com programação gratuita de palestras, oficinas, vivências e atividades artísticas.
Para Rita Santos, presidente da Abam, o reconhecimento oficial representa a valorização de um trabalho que atravessa séculos e se tornou um dos maiores símbolos da identidade baiana.
“Salvador tem a cara das baianas e as baianas têm a cara de Salvador. Por isso esse reconhecimento é de grande importância para a cidade”, afirmou.
Segundo a entidade, mais de 4 mil baianas e baianos de acarajé estão em atividade apenas na capital baiana. “Espero que a cidade valorize ainda mais o ofício das baianas a partir do momento em que a gente receber esse título”, completou Rita.
O processo de patrimonialização segue os trâmites da Lei 8.550/2014 e esta é a primeira etapa até a oficialização do título.
Com o tema “Centro Histórico de Salvador – Quatro décadas como Patrimônio Mundial”, a VI Jornada discute os desafios de preservação e valorização da cultura na capital baiana. Entre os destaques da programação estão mesas sobre resistência sociocultural, preservação do patrimônio e visitas guiadas ao Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab).
Programação dos próximos dias
Quinta-feira (28) – Vale do Dendê
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10h às 12h30: Mesa 2 – Presenças e resistências no Centro Histórico de Salvador
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14h às 17h: Vivência Circuito #Reconectar Centro Histórico + bate-papo no Café-Teatro Nilda Spencer
Sexta-feira (29) – Muncab
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10h às 12h30: Mesa 3 – Preservação do patrimônio material
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14h às 16h: Mesa 4 – Ressignificando o patrimônio do Centro Histórico
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16h às 18h: Visita guiada + homenagem a Clarindo Silva e encerramento artístico