Assédio pode gerar perdas milionárias e afetar competitividade das empresas – CartaCapital

O avanço do assédio no ambiente de trabalho já provoca impacto direto no resultado das empresas brasileiras. Um cálculo inédito da Livre de Assédio estima perdas que podem chegar a 5% da folha salarial anual, envolvendo custos com indenizações, afastamentos, rotatividade e queda de produtividade.

Em grandes corporações, o valor pode superar R$ 20 milhões por ano.

A estimativa foi desenvolvida pela Calculadora de Custo do Risco de Assédio, ferramenta criada para mensurar efeitos econômicos do problema dentro das organizações.

O modelo utiliza dados do CNJ, TST, Gallup, KPMG (Mapa do Assédio 2024) e pesquisas acadêmicas, e já está em fase de aplicação em empresas dos setores industrial, energético e de serviços. O alcance potencial ultrapassa 1 milhão de pessoas.

Em entrevista, Ana Addobbati, CEO da associação, afirma que o tema precisa ser tratado como risco de gestão. Segundo ela, o cálculo financeiro mostra que o problema interfere em produtividade e competitividade.

Impacto financeiro

A ferramenta revela como afastamentos por questões psicossociais, acordos judiciais e substituição de profissionais influenciam custos mensais. Além disso, a rotatividade gerada por ambientes inseguros compromete continuidade de processos internos.

Assédio e exigências regulatórias

O cálculo chega ao mercado em um momento de mudanças normativas. As novas NR-1 e NR-5, que tratam de riscos psicossociais, passam a prever multas a partir de maio de 2026 para empresas que não adotarem medidas preventivas. A adaptação demanda diagnóstico de riscos, políticas claras e rotinas permanentes de monitoramento.

No olhar de Ana Addobbati, transformar o tema em métricas torna o assédio um indicador estratégico que influencia finanças, competitividade e planejamento das empresas brasileiras.

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