A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a crescer em julho, segundo levantamento do Latam Pulse do instituto AtlasIntel divulgado nesta quinta-feira 31. O estudo mostra que o petista recuperou parte do apoio popular, consolidando um cenário mais favorável ao governo que já vinha se desenhando nas últimas semanas.
De acordo com a pesquisa, a aprovação pessoal de Lula passou de 49,7% no início de julho para 50,2% no final deste mês, enquanto a desaprovação caiu de 50,3% para 49,7% no mesmo período. O saldo positivo é o melhor registrado desde o início do ano, indicando uma recuperação gradual da imagem do presidente.
A avaliação do governo federal também seguiu a mesma tendência. O índice de quem considera a gestão “ótima ou boa” subiu de 43,4% no início do mês para 46,6% agora. Já a avaliação “ruim ou péssima” recuou de 49,4% para 48,2%. A percepção de governo “regular”, por fim, chegou a 5,1%, depois de estar em 7,2% na pesquisa passada.
A pesquisa, realizada entre os dias 25 e 28 de julho com 7.334 entrevistados em todo o país, apresenta margem de erro de um ponto percentual.
O levantamento ainda indica que a percepção do governo Lula supera, em diversos setores, os números observados no período de Jair Bolsonaro.
Entre os fatores que explicam a melhora dos índices de Lula em pesquisas recentes está a postura adotada pelo governo Lula diante da decisão do presidente norte-americano Donald Trump de elevar tarifas sobre produtos brasileiros. O Planalto reagiu com firmeza, reforçando a necessidade de defender os interesses nacionais e, ao mesmo tempo, buscar canais de diálogo com Washington para reduzir os impactos econômicos.
A combinação de discurso crítico, voltado para a proteção da indústria local, com uma estratégia diplomática para evitar uma escalada maior no comércio exterior, foi bem recebida por setores da sociedade, conforme indicam as diferentes pesquisas divulgadas ao longo das últimas semanas.
A pesquisa Latam Pulse, elaborada pelo AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, acompanha mensalmente indicadores políticos e econômicos em seis países da América Latina.