Antonio Pinto, reverenciado compositor de filmes como ‘Central do Brasil’, celebra 30 anos de carreira – CartaCapital

Antonio Pinto foi morar nos Estados Unidos antes dos 18 anos. Lá, assistiu a uma ópera de Philip Glass a convite da irmã, a cineasta Daniela Thomas, que já vivia em Nova York. À época, também teve contato com a música de Naná Vasconcelos, o pernambucano que elevou a percussão brasileira no cenário internacional.

Ainda em território norte-americano, Antonio fez experimentações com instrumentos próprios e outros emprestados. Quando voltou ao Brasil, depois de pouco mais de dois anos, decidiu que queria compor músicas para filmes.

Neste domingo 16, às 18h, no Teatro B32, em São Paulo, Antonio Pinto celebra seus 30 anos de carreira. O espetáculo será uma imersão musical e visual em sua obra, mesclando cenas de filmes e séries com execuções ao vivo de suas composições. 

Ele projeta tocar 17 temas de 16 filmes em cujas trilhas se envolveu. Multi-instrumentista, Antonio estará ao piano com a Orquestra de Câmara Almai, dirigida por Anselmo Mancini. Seus filhos músicos também participarão.

Filho de Ziraldo, Antonio Pinto teve a primeira chance de fazer a trilha sonora de um longa-metragem com Menino Maluquinho (1995), de Helvécio Ratton. No mesmo ano, participou de Terra Estrangeira, de Daniela Thomas e Walter Salles.

Seu grande salto, contudo, veio em Central do Brasil (1998), de Walter Salles, indicado ao Oscar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Também trabalhou na trilha de Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles e Kátia Lund, outra obra que concorreu a um Oscar.

Antonio Pinto ainda fez a trilha original de Amy (2015), de Asif Kapadia, sobre a cantora Amy Winehouse — que ganhou o Oscar de Melhor Documentário —, e de filmes americanos como Colateral (2004), de Michael Mann, e Senhor das Armas (2005), de Andrew Niccol. 

“Em quase todo ano faço um filme gringo”, afirmou, em entrevista a CartaCapital. Ele diz sonhar com um Oscar de Melhor Trilha Sonora Original.

O compositor disse ter recebido muitas informações do pai que o ajudaram em sua formação. “Ele era uma cara incrível, muito mesmo. Tinha muita energia. Era o cara que mais vi trabalhar. Não era forçado e triste, era por paixão, mesmo.”

Assista à entrevista de Antonio Pinto a CartaCapital:

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