O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou continuar trabalhando por uma anistia que contemple o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e que o objetivo do partido ainda é tornar o capitão candidato às eleições de 2026.
“Nesse momento trabalhamos por uma anistia que contemple Bolsonaro. Nós respeitamos a decisão do Poder Judiciário, mas queremos avançar com as negociações. O que acelera é a necessidade de ver a anistia resolvida. Ao menos na Câmara, nesta semana, queremos matar o assunto; no Congresso, ao longo do próximo mês”, disse, em entrevista ao O Globo, divulgada neste sábado 13. “Quanto ao Supremo, o tema por lá está liquidado. É hora de outras estratégias”, completou.
O mandatário explicou que, no Senado, designou os senadores Carlos Portinho (PL-RJ) e Rogério Marinho (PL-RN) para tratar do tema. “Não aceitaremos uma anistia que não contemple Bolsonaro”, afirmou tendo em vista a resistência do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), por uma anistia ampla e irrestrita. Segundo ele, para além das bancadas que já manifestam apoio, caso do União, PP, e parte do PSD, outra articulação será feita junto ao Republicanos, via o presidente da sigla, o deputado Marcos Pereira. “Pretendo cobrá-lo com muita veemência e lembrar que ajudamos a eleger um correligionário dele como presidente da Câmara, além do governador de São Paulo, o Tarcísio de Freitas”.
A aposta de Valdemar é a de resolver o tema da anistia em menos de 30 dias, uma forma de evitar que Bolsonaro seja preso, após a condenação a 27 anos e 3 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal.
Ainda durante a conversa, o mandatário evitou cravar nomes para uma disputa eleitoral sem Bolsonaro – o nome de Tarcísio de Freitas tem sido cogitado – mas assentiu que possíveis substituições na chapa presidencial terão de ser chancelados pelo ex-capitão.
“Quem vai escolher o candidato a presidente e a vice é o Bolsonaro, na hora certa”, afirmou. “Temos grandes nomes na direita, como Tarcísio, que é incrível, Ratinho Jr, que é um baita governador, Romeu Zema, em Minas, além de outros. Mas, minha aposta é da direita unida em 2026, ainda no primeiro turno, e unida depois disso também, não vejo fragmentação”, finalizou.