O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que acordou “preocupado com a democracia”, em referência à articulação por uma anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ministro ainda criticou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem trabalhado pela aprovação da anistia.
Segundo Haddad, ele fica preocupado quando “vê que o governador de São Paulo não confia nas instituições, não confia na Justiça, que tem que perdoar quem tentou golpe de Estado e quando vê a mobilização de partidos ultraconservadores no Congresso”, afirmou em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, na RedeTV!.
O ministro de Lula subiu o tom contra o governador: “Quando o presidente Lula falou, ‘o Tarcísio não existe sem Bolsonaro’, não foi para ofendê-lo. Foi para constatar um fato. Ali existe um grupo, que é o Centrão basicamente. O velho Centrão, que é o bolsonarismo”, disse.
Além da sua atuação em defesa do projeto de anistia que tramita no Congresso, Tarcísio afirmou na última semana que conceder um indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seria seu primeiro ato se fosse eleito presidente. O ex-ministro é um dos mais cotados a representar a extrema-direita na disputa de 2026, diante da inelegibilidade do ex-capitão.
“Na hora. Primeiro ato. Porque eu acho que tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado”, disse Tarcísio em entrevista ao jornal Diário do Grande ABC.