Gilmar rejeita pedido para afastar Ednaldo Rodrigues do comando da CBF – CartaCapital

O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal, foi às redes rebater ataques proferidos pela extrema-direita contra a Corte durante os atos de rua deste domingo, 7 de Setembro. Os ataques foram liderados por nomes como Michelle Bolsonaro, Silas Malafaia e Tarcísio de Freitas.

Nas redes, o ministro escreveu que “a verdadeira liberdade não nasce de ataques às instituições, mas do seu fortalecimento”, em recado aos bolsonaristas. “Não há no Brasil ‘ditadura da toga’, tampouco ministros agindo como tiranos. O STF tem cumprido seu papel de guardião da Constituição e do Estado de Direito”, publicou Gilmar em seguida.

Sem citar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o decano do STF listou políticas e ações tomadas durante o governo do ex-capitão consideradas, na sua visão, autoritárias.

“Se quisermos falar sobre os perigos do autoritarismo, basta recordar o passado recente de nosso país: milhares de mortos em uma pandemia, vacinas deliberadamente negligenciadas por autoridades, ameaças ao sistema eleitoral e à separação de Poderes, acampamentos diante de quartéis pedindo intervenção militar, tentativa de golpe de Estado com violência e destruição do patrimônio público, além de planos de assassinato contra autoridades da República.”

Ainda na publicação, Gilmar destacou que o País “não aguenta mais” ameaças e tentativas de golpe. E indicou, por fim, ser contrário aos projetos de anistia em discussão em Brasília. “É fundamental que se reafirme: crimes contra o Estado Democrático de Direito são insuscetíveis de perdão! Cabe às instituições puni-los com rigor e garantir que jamais se repitam”, finalizou.

Mais cedo, o STF e seus ministros foram alvos de dezenas de ataques em protestos liderados por bolsonaristas. Tarcísio, governador de São Paulo, por exemplo, chamou Alexandre de Moraes de “tirano”, expressão rebatida pelo decano da Corte na publicação. Michelle, por sua vez, indicou que as decisões do STF contra Bolsonaro seriam uma “humilhação” para “a liberdade e a democracia”, discurso também criticado por Gilmar na resposta.

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