O ministro do Turismo, Celso Sabino, criticou nesta terça-feira 14 o processo de expulsão aberto pelo União Brasil por sua decisão de permanecer no governo Lula (PT), apesar do ultimato da sigla para o seu desembarque. Segundo ele, a decisão do partido de afastar de suas atividades partidárias foi “apressada”.
“Acho que a decisão do partido foi açodada e apressada. A maior parte da bancada está comigo”, disse em entrevista ao jornal O Globo. “O governo hoje é a noiva, está bem avaliado. Estou me defendendo no processo que abriram, sigo ao lado do presidente Lula, entregando os nossos projetos”, afirmou.
Antes do afastamento o deputado licenciado participava das decisões partidárias a nível nacional, ocupando uma vaga na executiva nacional e outra no diretório estadual da sigla. A medida chancelada pela cúpula da sigla ainda determinou uma intervenção no diretório do União no Pará, até então chefiado pelo ministro.
Sabino tem demonstrado — em público e nos bastidores — sua intenção de seguir no governo e tem dobrado a aposta no apoio a Lula. Um dos principais objetivos do ministro é participar da COP30, em novembro, em Belém, para reforçar sua visibilidade no Pará.
Uma das saídas para seguir na pasta é migrar de partido. As principais alternativas seriam o PSB ou o PDT, siglas que permitiriam Sabino manter a interlocução com o governo e fortalecer sua base eleitoral no Pará, onde pretende disputar o Senado em 2026.