Palestinos em Gaza retornam às ruínas e à incerteza – CartaCapital

A trégua de quase dois meses na Faixa de Gaza não estará completa até a “retirada total” de Israel do território palestino, afirmou neste sábado 6 o primeiro-ministro do Catar, mediador no processo.

“Estamos em um momento crítico (…) Não se pode completar uma trégua a menos que haja uma retirada total das forças israelenses e seja restabelecida a estabilidade em Gaza“, declarou o premiê do Catar, xeque Mohammed bin Abdulrahman al Thani, no Fórum de Doha, uma conferência diplomática realizada anualmente na capital deste Estado do Golfo.

O Catar, ao lado de Estados Unidos e Egito, contribuiu para alcançar a trégua em Gaza, que entrou em vigor em 10 de outubro e encerrou em grande parte dois anos de combates entre Israel e Hamas.

Em uma segunda fase do acordo, que ainda não começou, Israel deve retirar-se de suas posições no território palestino. Também se prevê a criação de uma autoridade interina e o desdobramento de uma força internacional de estabilização (ISF, na sigla em inglês).

No entanto, países árabes e muçulmanos têm mostrado relutância em participar desta força, que poderia ter de combater com milicianos palestinos.

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, que também participou do fórum, afirmou que as conversas sobre este destacamento continuam em curso que ainda há questões a serem resolvidas quanto à sua estrutura de comando e aos países que forneceriam efetivos.

Segundo o plano de 20 pontos apresentado inicialmente por Washington, o Hamas deve entregar suas armas, mas o grupo tem rejeitado repetidamente.

Al Thani declarou que o Catar e os demais garantidores da trégua, Turquia, Egito e EUA, “estão trabalhando juntos para impulsionar a próxima fase” do acordo.

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