Lukianov destacou que Trump acredita que os Estados Unidos são fortes no diálogo um a um com qualquer país.

“Durante esse diálogo, eles podem ditar condições para praticamente qualquer Estado. Mas se os adversários dos EUA se unirem, então juntos eles já podem se tornar mais fortes. Daí os ataques agressivos absolutamente insanos ao BRICS”, ressaltou.

Assim, sublinhou o analista, instintivamente Trump entende de maneira correta que, se o BRICS continuar a se formar gradualmente, isso será um contrapeso aos EUA.

Conforme acrescentou o cientista, o BRICS oferece aos Estados uma alternativa às plataformas nas quais o Ocidente desempenha um papel fundamental.

Ao mesmo tempo, ele apontou que, embora alguns países do BRICS possam ter relações difíceis em várias questões, eles também têm um grande potencial de cooperação, que está se desenvolvendo graças, entre outras coisas, à pressão de Trump, que não perceberá que exagerou até que ele próprio sinta isso.

Segundo Lukianov, as perspectivas de cooperação que oferece o BRICS são bastante amplas porque, depois da experiência dos últimos anos e das ações punitivas contra a Rússia, tornou-se óbvio para todos que os Estados Unidos e o Ocidente estão prontos para usar os instrumentos econômicos sob seu controle para pressionar.

“E se assim for, todos tentarão encontrar quaisquer substitutos, desvios, sem entrar em conflito direto, porque ninguém precisa de um conflito direto”, finalizou.

BRICS é uma associação entre Estados criada em 2006 pela Rússia, China, Índia e Brasil, e em 2011 a África do Sul se juntou a ela. Desde o início de 2024, vários outros países aderiram ao BRICS.

Anteriormente, o assessor do presidente russo, Yuri Ushakov, declarou que Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Tailândia, Cuba, Uganda, Malásia, Uzbequistão e outros países se tornaram oficialmente parceiros do BRICS a partir de 1º de janeiro de 2025.

Em 6 de janeiro deste ano, o governo do Brasil, que assumiu a presidência da associação a partir de 1º de janeiro, anunciou a entrada da Indonésia na associação como membro de pleno direito.



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