
O pastor Silas Malafaia, uma das vozes mais destacas do bolsonarismo, reagiu nesta sexta-feira 5 a decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de indicar seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), para disputar ao Palácio do Planalto em 2026.
Sem citar nomes, o líder evangélico afirmou que “o amadorismo da direita faz a esquerda dar gargalhadas”. O pastor, entretanto, negou que se tratava de uma crítica direta ao clã Bolsonaro: “Não estou falando nem contra e nem a favor de ninguém. Somente isto”, completou em uma publicação nas suas redes sociais.
A crítica de Malafaia se soma com a insatisfação do Centrão, que preferia outros nomes para a vaga, como os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ou do Paraná, Ratinho Jr. (PSD). O grupo agora cogita uma chapa “puro sangue” em uma tentativa de isolar tanto os Bolsonaro quanto o PT.
Mais cedo, em uma nota publicada no X, Flávio afirmou que recebeu do pai “a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação”. O texto pinta o cenário nacional como um retrato de “instabilidade, insegurança e desânimo”, menciona “narco-terroristas”, critica políticas fiscais e econômicas e apresenta o senador como alguém que não ficará “de braços cruzados”.
Esta divulgação ocorre em paralelo à atuação do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, um dos entusiastas da escolha. A notícia havia sido ventilada na tarde desta sexta como uma estratégia que dirigentes do partido interpretam como um teste de viabilidade eleitoral – uma forma de medir reação pública, do mercado e do mundo político ao nome de Flávio antes de uma formalização definitiva.
