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O governo federal assinou nesta segunda-feira (1º) a Medida Provisória que concede aumentos salariais às polícias Civil e Militar, ao Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e às forças de segurança dos ex-territórios de Amapá, Rondônia e Roraima. De olho nas eleições do ano que vem, as medidas integram um pacote de “valorização do funcionalismo”, com impacto estimado de R$ 4,2 bilhões.

Com um aumento fraciionado, a primeira parcela será paga em dezembro de 2025 e a segunda em janeiro de 2026, com índices que variam conforme cargo, classe, posto e patente. Para a PM e os Bombeiros do DF, o reajuste vai variar entre 19,6% e 28,4%, somando as parcelas pagas em 2025 e 2026.

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Para os policiais militares e bombeiros o reajuste é de 24%, que será parcelado em uma de 11,5% em dezembro de 2025 e a segunda de 11,5%, em janeiro de 2026.

Para a Polícia Civil do DF, o aumento terá variação de 27,27% para a categoria especial e de 24,43%, para a terceira categoria. O reajuste será também parcelado, em uma de 2025 e outra de 2026.

A medida também atualiza benefício de auxílio-moradia destas carreiras, que será reajustado em duas etapas, sendo 11,5% em dezembro de 2025 e em 11,5% em janeiro de 2026. 

Além da MP, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou ao Congresso o Projeto de Lei de Gestão de Pessoas do Executivo Federal, que cria 8.600 cargos em universidades, “moderniza” estruturas administrativas e reestrutura cerca de 200 mil servidores ativos e aposentados. A maior parte dos cargos está nas universidades e no setor de Cultura.

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Valorização e criação de nova carreira

O PL consolida aproximadamente 70 cargos em uma nova carreira de Analista Técnico do Poder Executivo (ATE), destinada a unificar funções de suporte administrativo — como administradores, bibliotecários, comunicadores, contadores e arquivistas — reduzindo o que o governo chamou de “desigualdades salariais”.

A ministra da Gestão, Esther Dweck, destacou que a área cultural receberá a maior valorização já registrada, com reestruturação completa do plano de cargos do Ministério da Cultura.

Universidades federais terão “reforço”

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que os novos cargos apoiarão a expansão de 11 campi federais e das recém-criadas Universidade Indígena e Universidade do Esporte. Outra proposta já enviada ao Congresso cria 16.356 cargos para Institutos Federais, reforçando a política de expansão da educação superior e técnica.

O PL reúne mais de 20 ações de “modernização”:

  • implantação de regimes especiais de jornada;
  • autorização de perícia médica por telemedicina;
  • transformação de funções gratificadas da Receita Federal;
  • pagamento de indenização de fronteira para IBAMA, ICMBio, ABIN, SFB e MAPA;
  • reabertura de prazo para servidores dos ex-territórios.

Agências reguladoras e Receita Federal

A proposta cria 225 cargos para a Anvisa, além de definir reajustes para as carreiras Tributária e Aduaneira da Receita Federal e Auditoria-Fiscal do Trabalho. A medida também amplia o bônus de eficiência para aposentados dessas categorias.

Principais pontos do Projeto de Lei

  • Reestruturação do plano de cargos da Cultura
  • Criação da carreira transversal ATE
  • Criação de 8.600 cargos para universidades federais
  • Extinção de 2 mil cargos vagos para compensação
  • Regimes especiais de jornada
  • Perícia médica remota
  • Indenização de fronteira para órgãos ambientais e de inteligência
  • Reajustes para carreiras da Receita Federal, auditores do Trabalho e profissionais da área da Educação

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