Sebrae mobiliza rede de proteção para mulheres e crianças na COP30 – CartaCapital

A proteção ganhou nova dimensão no penúltimo dia da COP30 com o balanço do Selo Negócios Protetivos, iniciativa do Sebrae voltada a bares, hotéis, motoristas e empreendimentos locais.

O programa formou uma rede de atendimento preparada para atuar durante o evento em Belém.

Em seguida, donos de pequenos negócios participaram de apresentação na Green Zone, representando mais de 100 empresas certificadas na capital paraense.

Proteção como prática empresarial

Grandes plataformas como iFood, Uber, 99 e Cartão de Todos aderiram ao selo, reforçando que a proteção atravessa setores e tamanhos de empresa. A diretora do Sebrae Nacional, Margarete Coelho, afirmou que o atendimento pode ser decisivo em situações de risco.

Segundo ela, cada ponto de serviço deve funcionar também como espaço de acolhimento. A fala destacou a responsabilidade de trabalhadores que lidam diretamente com o público.

Carolina Maciel, diretora-executiva do Instituto Mondó, afirmou que sustentabilidade envolve segurança. Ela explicou que a certificação foca territórios e prepara equipes para agir em situações que exigem cuidado imediato.

Eraldo Santos, gerente adjunto da Unidade de Empreendedorismo Feminino, Diversidade e Inclusão, afirmou que negócios certificados terão prioridade em ações do Sebrae após o evento.

Como funciona o selo

O Selo Negócios Protetivos define protocolos obrigatórios para quem busca certificação. Entre as exigências estão:

  • capacitação protetiva para toda a equipe;

  • implementação de protocolos de prevenção e encaminhamento;

  • divulgação dos canais de denúncia;

  • uso de sinalização oficial com QR Code verificável;

  • monitoramento contínuo;

  • compromisso público com práticas de segurança.

A certificação está aberta a bares, restaurantes, hotéis, pousadas, motoristas de aplicativo, taxistas, guias, artesãs, ambulantes, empreendimentos comunitários e serviços de limpeza, logística, segurança e eventos.

Proteção como legado permanente

O Sebrae informou que o selo permanecerá ativo após a COP30, criando rede contínua de acolhimento e segurança no Pará. O foco é fortalecer práticas que reduzam riscos para mulheres e crianças em regiões de grande circulação.

A urgência do tema se destaca nos dados: uma em cada três brasileiras sofreu violência no último ano, e uma a cada seis meninas é vítima de violência sexual. A proteção se torna ainda mais relevante em períodos de maior fluxo de visitantes e atividades turísticas.

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