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São Luís recebe neste fim de semana o Festival Ilha do Reggae, com apresentações musicais que reforçam a identidade e a resistência afrodescendente.

Considerada Capital Nacional do Reggae, a cidade vai reunir atrações nacionais e internacionais, com uma programação diversificada, que celebra a paz e a vibração positiva, características desse ritmo jamaicano.

O secretário de Estado da Cultura do Maranhão Yuri Arruda explica que essa é a primeira edição do evento e destaca como surgiu o projeto.

“A ideia surgiu após a visita oficial, ano passado, do ministro do turismo da Jamaica. Teve um entendimento assinando um memorando entre Brasil e Jamaica que tem o principal foco que é o turismo sustentável. Além disso, a gente fortalecer todo esse intercâmbio cultural, essas culturas tão únicas que a gente tem aqui no nosso estado entre essas duas nações, que é o Brasil e a Jamaica. E daí surgiu essa ideia da gente fazer esse grande festival para celebrar essa cultura riquíssima que é a cultura do reggae”.

O estilo musical teve grande repercussão no Maranhão a partir dos anos 1970, em especial na ilha de São Luís, onde está instalada a capital do estado. Há hipóteses de que tenha chegado pelas ondas de rádio emitidas do Caribe, ou por marinheiros que, descendo no porto, traziam discos para a cidade.

O secretário Yuri Arruda também reforça os objetivos do festival.

“O principal objetivo é a gente fazer essa grande conexão cultural entre os dois países, entre essa cultura que é muito forte. E claro, o maranhense, nós estamos na capital nacional do reggae. É um projeto de lei, é uma lei nacional onde São Luís é a capital nacional do reggae, e para gente fortificar ainda mais essa cultura tão rica, reafirmar São Luís como a capital brasileira do reggae e o ponto de encontro entre o Maranhão, a Jamaica e o mundo”.

Ele destaca ainda alguns dos principais participantes do festival.

“São mais de 50 atrações entre locais, nacionais e internacionais, mas a gente pode citar aqui Honey Boy, que é da Jamaica, Sly Foxx, da Jamaica, Burning Spear, Israel Vibration, KY-Mani Marley, Tribo de Jah, Edson Gomes, Planta e Raiz, tem Célia Sampaio, Núbia”.

O secretário fala ainda sobre a importância deste movimento para o local.

“O reggae foi apropriado, foi reinterpretado e transformado pelo nosso povo em algo único, algo que vai muito além da simples reprodução de uma música jamaicana, de uma dança que nós temos um estilo muito único aqui, que é dançar o reggae agarradinho, ouvindo os nossos paredões, as radiolas, os nossos artistas locais. Então, aqui a gente celebra muito além da música, mas é uma verdadeira identidade aqui do povo maranhense, do povo de São Luís”.

O festival, que  promete ser um dos maiores encontros de música e cultura do país, acontece na Arena Jamaica Brasileira, instalada na Passarela do Samba, no Centro Histórico de São Luís. É promovido pelo  Governo do Estado do Maranhão, por meio Secretaria de Estado da Cultura, com entrada gratuita.


SECOM

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