
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) classificou neste sábado 15 como “positiva e na direção correta” a decisão de Donald Trump de reduzir as tarifas dos Estados Unidos sobre importações agrícolas, como carne bovina, bananas, café e tomates.
Alckmin, entretanto, ponderou que ainda existem “distorções” que precisam ser corrigidas. “Todo mundo teve 10% a menos. Só que, no caso do Brasil, que tinha 50%, ficou com 40%, que é muito alto. Você teve um setor muito atendido que foi o suco de laranja. Era 10% e zerou. Isso é US$ 1,2 bilhão. Então zerou, ficou sem nenhum imposto. O café também reduziu 10%, mas tem concorrente que reduziu 20%”, avaliou.
Para o vice-presidente, a pressão nos EUA pelo aumento dos preços dos produtos e o esforço da diplomacia brasileira contribuíram para a decisão de Trump de reduzir as tarifas. “Vamos continuar trabalhando. Conversa do presidente Lula com Trump foi importante no sentido da negociação e, também, a conversa do chanceler Mauro Vieira com o secretário Marco Rubio”, disse.
Ainda na sexta-feira 14, outros membros do governo Lula (PT) reagiram a derrubada das tarifas. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a decisão norte-americana é uma “vitória para o Brasil” e reforça a força do País no cenário internacional.
“Essa conquista é resultado da atuação firme e estratégica do governo do presidente Lula, que segue defendendo a soberania e os interesses do Brasil em todas as mesas de negociação”, afirmou.
Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, exaltou a atuação do presidente brasileiro no cenário internacional. “Lula sabe o que faz, e quem ganha é o Brasil”, comentou.
Esforço diplomático
A decisão de Trump acontece em meio às negociações entre os norte-americanos e as autoridades brasileiras. Na quinta-feira, o chanceler Mauro Vieira disse, após se reunir com seu homólogo americano, Marco Rubio, que Brasil e Estados Unidos avançam em um acordo provisório para desbloquear as relações bilaterais.
Em um breve comunicado, o Departamento de Estado americano indicou que Rubio e Vieira “discutiram sobre um quadro mútuo para a relação comercial” bilateral.
