
O ex-ministro de Direitos Humanos Silvio Almeida foi indiciado pela Polícia Federal no inquérito que apura denúncias de assédio e importunação. O caso, que tramita sob sigilo, foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal para o ministro André Mendonça, relator do caso.
A investigação está relacionada às acusações de assédio e importunação sexual feitas por diversas mulheres contra Almeida, inclusive a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Os supostos abusos foram revelados pelo portal Metrópoles em setembro do ano passado.
Na ocasião, a ONG Me Too Brasil, que presta apoio a vítimas de violência sexual, também disse ter sido procurada por mulheres que relataram suposto assédio de Almeida. O ministro foi demitido pelo presidente Lula (PT) dias após o episódio ser revelado.
No mesmo dia em que o escândalo veio à tona, quando Almeida ainda comandava a pasta, o Ministério dos Direitos Humanos publicou nota oficial, sem assinatura, Marina Ganzarolli, de tentarem interferir em licitações do Disque 100, canal do governo para denúncias de violações aos direitos humanos. Desde que o escândalo veio à tona, o jurista nega todas as acusações e se diz perseguido politicamente.
