Startups dão dicas para quem deseja receber aporte em 2026 – CartaCapital

O mercado de aporte em startups mostra sinais de reaquecimento. Segundo o relatório “Ecossistema de Inovação Aberta & CVC no Brasil – Setembro 2025”, elaborado pela Sling Hub com a ABCVC (Associação Brasileira de Corporate Venture Capital), o país registrou 44 rodadas e 349 milhões de dólares investidos em agosto, alta de 2% sobre o mês anterior. Embora o número ainda fique abaixo dos níveis de 2024, a tendência de recuperação é positiva.

De acordo com especialistas, o capital de risco tem se tornado mais próximo das operações. Investidores buscam participar ativamente da construção de valor das empresas, observando o desempenho dos times em fases iniciais e a forma como enfrentam desafios. Essa mudança favorece negócios com propósito claro e relações duradouras.

O que o investidor procura na hora de fazer um aporte

Para quem busca aporte, explicar de forma objetiva o produto e o modelo de receita é decisivo. Investidores avaliam clareza na precificação e na proposta de valor, seja em plataformas digitais, produtos físicos ou marketplaces. A definição da tese de diferenciação – o que torna a solução distinta das demais – ajuda a atrair parceiros estratégicos e construir confiança.

Aprendizados de quem captou em 2025

Empresas que receberam aporte neste ano destacam pontos que podem orientar outros empreendedores. A Nekt, plataforma de dados e inteligência artificial, captou 1,3 milhão de reais da Norte Ventures apenas três meses após sua primeira rodada, de 5 milhões de reais. O CEO Antonio Duarte afirma que calibrar bem o valor inicial ajuda a evitar dispersão.

“Quando o foco está em resolver o problema certo e mostrar adoção real, o novo investimento acontece naturalmente. Nosso segundo aporte foi consequência de consistência e produto validado pelos clientes – inclusive a própria Norte Ventures, que era cliente antes de se tornar investidora”, diz Duarte.

Outro caso vem da Typcal, foodtech que recebeu 350 mil euros da Biotope, aceleradora e investidora em biotecnologia na Bélgica. O investimento será usado na ampliação da distribuição e no desenvolvimento de novos produtos com base em tecnologias de fermentação de micélio.

O CEO Paulo Ibri explica que o aporte permitiu expandir a atuação internacional e comprovar o diferencial tecnológico da empresa. “Quando um fundo internacional investe, é um sinal de maturidade. Buscar capital com propósito, que traga visão e aprendizado, é o que faz o investimento valer a pena”, afirma.

As experiências reforçam que, em 2026, captar investimento exigirá planejamento, comunicação clara e propósito alinhado ao impacto que o negócio pretende gerar.

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