Milei se reúne com governadores em busca de apoio para reformas na Argentina – CartaCapital

O presidente Javier Milei se reuniu nesta quinta-feira 30 com representantes de 20 das 24 províncias argentinas para avançar na aprovação do orçamento e em reformas trabalhistas e tributárias, após sua vitória nas eleições legislativas de meio de mandato.

Depois de dois anos marcados por atritos com muitos dos dirigentes provinciais, Milei adotou um tom conciliador e convocou a maioria dos governadores para dialogar na Casa de Governo, em Buenos Aires, junto com seu gabinete.

Com uma bancada ampliada, mas ainda minoritária, Milei precisa do apoio dos dirigentes provinciais no Congresso para aprovar o orçamento de 2026 e implementar suas reformas.

“Foi uma reunião extremamente positiva, na qual conseguimos chegar a um acordo, com algumas diferenças, sobre o que a Argentina precisa nesta etapa”, disse Milei ao canal A24.

“O primeiro desafio do novo Congresso será aprovar a modernização trabalhista, a reforma tributária e a reforma do Código Penal”, afirmou o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, após o encontro.

O porta-voz destacou que a reforma tributária “vai eliminar uma infinidade de impostos”, a trabalhista “vai integrar aqueles que hoje estão na informalidade” e a reforma do Código Penal buscará “garantir o direito à propriedade privada”.

Após a reunião, o chefe de governo da cidade de Buenos Aires, Jorge Macri, disse que o encontro foi “positivo” e detalhou que “se falou sobre o objetivo de uma redução de impostos, de um orçamento equilibrado e de criar novas formas de contratação para as novas formas de trabalho”.

A ausência mais marcante no encontro foi a do peronista opositor Axel Kicillof, governador da província de Buenos Aires, que representa 40% da população do país.

Tanto ele quanto outros três governadores peronistas não foram convidados para a reunião. “É um erro não convidar quase 50% do país”, disse Kicillof em entrevista a uma rádio nesta quinta-feira.

Milei afirmou que os governadores que foram excluídos são aqueles que “repetem o catecismo marxista”.

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