Trump e Xi Jinping se encontram na Coreia do Sul
O dólar iniciou a sessão desta quinta-feira (30) em alta. Por volta das 9h05, a moeda americana avançava 0,23%, sendo negociada a R$ 5,3701. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h.
Os desdobramentos da política monetária americana e os movimentos diplomáticos entre EUA e China estão no centro das atenções dos investidores. Além disso, dados econômicos locais e o desempenho das empresas promete influenciar o rumo da bolsa brasileira.
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▶️ Após reunião com Xi Jinping, Donald Trump anunciou um acordo para reduzir tarifas sobre produtos chineses. Em troca, Pequim se comprometeu a comprar soja americana e liberar temporariamente a exportação de minerais estratégicos. Apesar disso, o mercado reagiu com cautela.
▶️ Nos Estados Unidos, investidores acompanham os discursos de membros do Fed após o corte de 0,25 ponto percentual nos juros. Bowman fala às 10h55 sobre política monetária, e Logan participa de evento às 14h20.
▶️ No Brasil, o dia começa com a divulgação do IGP-M de outubro, índice usado como referência para reajustes de contratos e aluguéis. À tarde, saem os dados do Caged, com números sobre empregos formais, e o fluxo cambial, que mostra a entrada e saída de dólares no país.
▶️ Também pela manhã, o Tesouro Nacional apresenta o resultado primário do governo central referente a setembro. A divulgação será seguida de entrevista coletiva com representantes da pasta.
▶️ A temporada de balanços segue movimentando o Ibovespa, que fechou na véspera aos 148,6 mil pontos, o 18º recorde do índice em 2025. O destaque do dia é o resultado da Vale, que será divulgado após o fechamento do mercado e pode influenciar o desempenho da bolsa.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
a
Acumulado da semana: -0,63%;
Acumulado do mês: +0,67%;
Acumulado do ano: -13,30%.
📈Ibovespa
Acumulado da semana: +1,68%;
Acumulado do mês: +1,64%;
Acumulado do ano: +23,57%.
Trump e Xi Jinping firmam acordo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (30) que chegou a um acordo com o líder chinês, Xi Jinping, para reduzir tarifas aplicadas a produtos chineses.
Segundo Trump, as taxas sobre produtos chineses caíram de 57% para 47%. Em troca, Pequim deve:
retomar a compra de soja americana;
manter o fluxo de exportação de terras raras;
e combater o comércio ilícito de fentanil.
Os dois se reuniram em uma base aérea na cidade de Busan, na Coreia do Sul, para discutir uma possível trégua na guerra comercial. A reunião, primeira entre os dois líderes desde o retorno de Trump à presidência em janeiro, durou quase duas horas.
Já os tributos impostos sobre produtos relacionados ao fentanil passaram de 20% para 10%. Trump também disse que o país asiático vai comprar “quantidades enormes” de soja e outros produtos agrícolas.
Trump afirmou que Xi prometeu uma “ação firme” sobre a exportação das substâncias usadas para produzir fentanil. A China pediu a redução de tarifas sob o argumento de que já havia intensificado a fiscalização no país.
“Eu achei que foi uma reunião incrível”, disse Trump a repórteres a bordo do Air Force One, logo após deixar Busan.
Senado americano dá aval a projeto contra tarifas
O Senado dos EUA aprovou na noite da terça-feira (28) um projeto de lei que prevê a anulação das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump ao Brasil, incluindo produtos como petróleo, café e suco de laranja.
💰 Apesar do aval do Senado, a proposta — apresentada pelo senador democrata Tim Kaine, da Virgínia — tem poucas chances de avançar.
O texto ainda precisa ser aprovado pela Câmara, controlada pelos republicanos. Recentemente, a Casa implementou novas regras que permitem à liderança barrar o avanço de projetos relacionados a tarifas. Além disso, Trump poderia vetar a proposta.
Para o senador Kaine, as votações são uma maneira de forçar o Senado a debater “a destruição econômica causada pelas tarifas”. Na prática, portanto, a medida tem principalmente caráter simbólico e busca expor a insatisfação com a política tarifária do governo Trump.
Além disso, o projeto é visto como um teste da adesão dos senadores republicanos à política comercial de Trump. O texto propõe revogar o estado de emergência nacional, mecanismo usado pelo presidente para impor tarifas de importação de até 50% sobre produtos brasileiros desde agosto.
Nesse sentido, a votação no Senado, que terminou com placar de 52 a 48 pela aprovação, evidenciou uma resistência dentro do Partido Republicano às tarifas impostas por Trump.
Cinco senadores republicanos votaram a favor da resolução, ao lado de todos os democratas. Foram eles:
Susan Collins (Maine)
Mitch McConnell (Kentucky)
Lisa Murkowski (Alasca),
Rand Paul (Kentucky)
Thom Tillis (Carolina do Norte).
Bolsas globais
Os mercados internacionais encerraram o dia de olho na decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros.
Em Wall Street, os índices fecharam sem direção definida após o comunicado do Fed. As ações recuaram pouco depois que Jerome Powell afirmou que o corte de juros em dezembro “está longe” de ser uma certeza.
O S&P 500 encerrou estável, aos 6.890,73 pontos. Já o Dow Jones recuou 0,15%, aos 47.632,65 pontos, enquanto o Nasdaq Composite avançou 0,55%, aos 23.958,47 pontos. Na véspera, os três principais indicadores haviam fechado em recorde histórico pelo terceiro pregão consecutivo.
As bolsas europeias encerraram em sua maioria com queda, enquanto os investidores seguiam cautelosos antes da decisão de juros norte-americanos. Além disso, a temporada de balanços na região também foi movimentada, com os resultados de empresas como: Airbus, UBS, Banco Santander, Equinor, Deutsche Bank, BASF, Adidas, GSK e Endesa.
O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em queda de 0,10%, aos 575,19 pontos, o DAX, de Frankfurt, perdeu 0,64%, aos 24.124,21 pontos, e o CAC 40, de Paris, cedeu 0,19%, aos 8.200,88 pontos. Na contramão de seus pares, o FTSE 100, de Londres, destoou dos demais e subiu 0,61%, aos 9.756,14 pontos.
Na Ásia, os mercados encerraram o dia em alta, impulsionados por balanços corporativos positivos e pelo otimismo com as negociações entre os EUA e a China. As ações chinesas atingiram o maior nível em dez anos, com destaque para os setores de energia e metais.
Na China, o índice de Xangai subiu 0,7%, alcançando o nível mais alto desde 2015, enquanto o CSI300 avançou 1,19%, o maior patamar desde 2022.
Em Tóquio, o Nikkei ganhou 2,17%; em Seul, o Kospi subiu 1,76%; e em Taiwan, o Taiex avançou 1,24%. Já em Cingapura, o Straits Times teve leve queda de 0,24%.
O mercado de Hong Kong permaneceu fechado por feriado local.
*Com informações da agência de notícias Reuters.
Dólar atinge a segunda maior cotação da história: R$ 5,86
Reprodução/TV Globo
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