Mais forte nas pesquisas, Lula enfrenta o velho truque das pautas-bomba – CartaCapital

O presidente Lula (PT) se manifestou nesta quarta-feira 29 pela primeira vez sobre a megaoperação no Rio de Janeiro que deixou mais de 120 pessoas mortas. Lula citou os esforços do governo para auxiliar o estado e cobrou uma ação coordenada contra facções criminosas.

Segundo Lula, o Brasil precisa de um trabalho coordenado para atingir a “espinha dorsal” do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias em risco. “Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades”, disse em uma publicação nas redes sociais.

A operação desta aconteceu nos complexos do Alemão e da Penha e foi a operação policial mais letal da história do estado. O objetivo da ação, de acordo com o governo Castro, era prender líderes do Comando Vermelho.

O presidente citou ainda a PEC da Segurança Pública, projeto do governo que prevê a integração das polícias federal, estaduais e municipais. “Com a aprovação da PEC da Segurança, que encaminhamos ao Congresso Nacional, vamos garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas.”, afirmou o presidente.

A expectativa do relator na Câmara, o deputado Mendonça Filho (União-PE), é apresentar o relatório da proposta para a primeira semana de dezembro. A votação na comissão especial e no plenário deve acontecer em seguida.

Mais cedo, o ministro da Fazenda Fernando Haddad criticou o governador do Rio, afirmando que o gestor não tem colaborado com o governo federal para conter financeiramente as facções criminosas. “Essas práticas não serão interrompidas se não fizemos um trabalho no andar de cima e, para isso, precisamos da colaboração federativa. Não pode a Polícia Federal, a Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional agir em uma direção e o governo estadual na direção contrária“, afirmou.

Ainda conforme o ministro a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional vai procurar a gestão Castro para articular medidas conjuntas para combater o “andar de cima” do crime organizado. “Precisamos entender que isso não é um palanque eleitoral, é uma disputa contra o crime”, finalizou.

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