O Itaú fez acordo na Justiça de São Paulo com bancários em home office demitidos. Em acordo firmado com o sindicato da categoria e aprovado em assembleia, o banco aceitou pagar até dez salários. O processo corria no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2).
O acordo estabelece duas faixas de indenização. Para trabalhadores com até 23 meses de vínculo, o pacote inclui quatro salários, um valor fixo de R$ 9 mil, além de cesta-alimentação. Para quem tinha 24 meses ou mais de casa, o valor parte de seis salários, acrescido de meio salário por ano trabalhado, com teto de até dez salários, além de um valor fixo de R$ 9 mil e da cesta-alimentação.
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Os bancários que possuem financiamento imobiliário com o Itaú terão mantidas as condições diferenciadas de financiamento previstas em contrato. A adesão ao acordo será individual e deve ser feita em até seis meses.
Histórico
As demissões ocorreram no dia 8 de setembro e atingiram cerca de mil trabalhadores em regime híbrido ou remoto. O banco alegou baixa produtividade, medida por monitoramento eletrônico. O sindicato criticou o critério utilizado e levou o caso ao TRT, onde foi conduzida a mediação que resultou na proposta aprovada.
O banco alegou que o motivo das dispensas foi a detecção de incompatibilidade entre o registro de ponto eletrônico e a atividade real monitorada durante o home office. “Em alguns casos, foram identificados padrões incompatíveis com nossos princípios de confiança, que são inegociáveis para o banco”, declarou em nota o banco.